Suspeito de matar primo e arrancar suas orelhas por suspeita de macumba é preso após um mês em fuga na mata de Pintópolis

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Em um desfecho que trouxe alívio à família de José Martins Vieira, um homem de 62 anos brutalmente assassinado em agosto, a Polícia Militar de Minas Gerais prendeu nesta quinta-feira (18) o principal suspeito pelo crime chocante ocorrido na zona rural de Pintópolis, no Norte de Minas Gerai s . O autor do homicídio, primo e vizinho da vítima, de 58 anos, foi localizado em uma área de mata densa na comunidade Para Terra 2, após mais de um mês foragido. A prisão foi resultado de uma denúncia anônima e contou com a colaboração de populares que ajudaram a contê-lo. O crime, que abalou a pequena comunidade agrícola de Pintópolis, aconteceu no dia 18 de agosto, uma segunda-feira fatídica. José Martins Vieira, um lavrador respeitado na região, foi atacado em sua própria propriedade rural por seu primo, com quem mantinha uma relação de vizinhança há anos. Segundo relatos da Polícia Militar (PM), o agressor, movido por uma crença irracional, acusou a vítima de praticar “macumba” – um ritual de f...

Norte de Minas na frente: Entidades se unem para alavancar a produção de frutas

A união faz a força. Esse é um velho ditado que não passa batido pela fruticultura mineira. A organização de agricultores em cooperativas ou associações tem sido a chave para fortalecer a produção de frutas no estado. O esforço coletivo tem contribuído para o melhoramento das técnicas agrícolas e, principalmente, para a formação de preços em um mercado competitivo que oscila com o clima, com a oferta ou, simplesmente, pela preferência do consumidor por uma determinada fruta. A união tem sido a saída também para fruticultores que buscam melhorar a qualidade, criar escala e vender sua produção ao mercado externo, como os produtores de limão taiti no Norte de Minas.
Ao ano, o estado produz cerca de 3 milhões de toneladas de frutas. Parece muito, mas como indica a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), apenas 33% das frutas comercializadas na CeasaMinas são produzidas no estado. Observando o mercado externo, no país não é diferente, apenas 2% da produção é exportada. “O que mostra um grande potencial para a fruticultura”, observa Deny Sanábio, coordenador técnico da área, na Emater-MG.
Em Alfredo Vasconcelos, no Campo das Vertentes, o morango é doce e está abrindo espaço no mercado com preços competitivos, que garantem lucratividade ao produtor. Grande parte das lavouras é plantada por grupos de famílias que se uniram em uma cooperativa. Apesar da forte estiagem que castiga a agricultura e os mananciais, os produtores estão satisfeitos com o resultado da safra.
Na região, são mais de 100 agricultores, sendo que 65 deles fazem parte da Cooperativa Agropecuária de Alfredo Vasconcelos (Cooprav), explica o presidente, Renivaldo Bageto. Segundo ele, além de dar sustentabilidade à produção, negociando o melhor preço possível na compra e na venda da mercadoria, a cooperativa ajuda na assistência técnica e busca a participação dos produtores em programas sociais, como a venda de frutas para a merenda escolar.
Recentemente, agricultores de Alfredo Vasconcelos trocaram o cultivo em canteiros pela hidroponia. A técnica, somada ao manejo eficiente e introdução de novas espécies, tornou o morango mais resistente à estiagem que vem castigando o Sudeste. Este ano, a cooperativa não fechou os números da produção, mas acredita que a colheita vai superar as 2 mil toneladas de 2014. Os principais mercados são Belo Horizonte e Rio de Janeiro. “Este ano, os preços estão variando entre 10% e 15% acima do registrado na safra passada”, calcula Bageto.
Em Minas, a fruticultura envolve um mundo que gira entre o cultivo de espécies tropicais e variedades de clima temperado. As principais lavouras, em volume de produção, são de abacaxi, laranja e banana, que somam 75% da produção. Mas o estado é também o primeiro produtor nacional de morangos. É o segundo produtor de abacate, fruta cheia de sabor, que já foi muito comum nos pomares, mas que vem perdendo espaço na mesa do consumidor. O estado ocupa ainda o segundo lugar no ranking na produção de limão, uma das espécies mais conhecidas do país. Outras frutas que têm relevância no campo mineiro são: figo, goiaba, mamão, manga, caqui, maracujá, pêssego e tangerina.


SEM AZEDUME 
Na região do Jaíba, a Associação dos Produtores de Limão do Norte de Minas (Aslim) foi criada há 10 anos. O produto já tem duas certificações, que conferem seu padrão de qualidade, e a fruta é exportada para a Europa e o Oriente Médio. Como os custos da exportação são elevados e é preciso ter escala, a união de pequenos produtores alavancou as vendas externas, praticamente incipiente na fruticultura nacional. Este ano, surfando na alta do dólar caro, os produtores vão embarcar 20% a mais da fruta do que em 2014.
As exportações de limão vão movimentar perto de R$ 12 milhões este ano. Em 2016, a associação vai investir R$ 600 mil para ampliar o galpão exportador. “Vamos comprar novas máquinas, que lavam e selecionam os frutos. No ano que vem, pretendemos aumentar também a exportação de manga”, observa Rabelo. Segundo ele, a intenção é sair de R$ 600 mil ao ano, alcançando até R$ 2 milhões. A Aslim também vai participar de um nicho importante do mercado exportador, o sistema fair trade, ou de comércio justo, no qual países europeus pagam até 50% a mais pela fruta produzida pela agricultura familiar. “A associação é muito importante também para viabilizar a exportação”.
Saulo Bresinski, presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), que reúne cerca de 2,5 mil associados, sendo perto de 2 mil produtores de banana-prata, reforça a importância do associativismo para vencer desafios como a seca e o alto custo da energia para quem investe na lavoura irrigada. Ele destaca ainda trabalhos, como a criação de selos de qualidade, que destacam o produto, além da formação de preço. Hoje, a Abanorte tem participação na definição do preço da fruta que serve como referência para todo o país. “Essa definição é importante para o produtor porque evita grandes oscilações. Temos um preço médio mais estável”, explica. O papel da união de pequenos produtores para exportação de frutas também é destacado por Bresinski. “Quem não exporta fica refém do mercado nacional, que raramente tem preços melhores que o externo.”

Números do pomar

» O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo

» Somente 2% da produção é exportada

» Minas Gerais produz 3 milhões de toneladas de frutas ao ano

» O crescimento da produção tem se mantido entre 1% e 2% ao ano

» 67% das frutas comercializadas na CeasaMinas são produzidas em outros estados

(Fonte: Estado de Minas)

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