PF realiza operação “Recidiva” em Olhos d’ Água

Na manhã desta quinta-feira (27), a Polícia Federal realizou em Montes Claros, a operação “Recidiva”, que combate o desvio de verbas destinadas a obras públicas na região. O prejuízo total passa da casa de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos. Quatro mandados de prisão, expedidos pela Justiça, foram cumpridos pelos agentes. Foram detidos três empresários e um agente público do município de Olhos D´Água.
Segundo a Polícia Federal, esta ação é uma continuidade da operação “Máscara da Sanidade” que desarticulou, no mês de junho deste ano, uma Organização Criminosa especializada em desviar verbas destinadas a obras públicas em mais de 55 municípios. O desvio de dinheiro dos cofres públicos contava com a participação de empresários, agentes públicos e políticos que atuavam no Norte de Minas.
Segundo informações de laudos periciais, foi constatado que o prejuízo de cerca de R$ 2,5 milhões aconteceu em obras públicas de apenas cinco cidades da região Norte.

Operação Máscara
A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais, realizou a “Operação Máscara da Sanidade”, em junho deste ano, com objetivo de desarticular organização criminosa que desviava recursos públicos de trinta e seis cidades mineiras a partir de fraudes em processos licitatórios.
A operação consistiu no cumprimento de 120 mandados judiciais: 55 mandados de busca e apreensão (16 pessoas físicas e 39 pessoas jurídicas, incluindo as prefeituras municipais), 49 mandados de sequestro de valores, bens móveis e imóveis, e 16 mandados de prisão temporária.
A quadrilha, formada por empresas, pessoas físicas e servidores públicos, fraudava processos licitatórios, direcionando as contratações de obras públicas às empresas integrantes da organização criminosa. Essas empresas venciam as licitações com desvio na execução do objeto, ou ainda, com emissão de notas fiscais sem a correspondente prestação dos serviços, uma vez que as obras eram executadas com recursos próprios do município. Desta forma, a quadrilha desviava e se apropriava dos recursos públicos.
Além da prisão de pessoas físicas, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em empresas pertencentes ao esquema criminoso, além das sedes das prefeituras de Bocaiúva/MG, Bonito de Minas/MG, Brasília de Minas/MG, Campo Azul/MG, Capelinha/MG, Capitão Enéas/MG, Claro dos Poções/MG, Cônego Marinho/MG, Coração de Jesus/MG, Engenheiro Navarro/MG, Francisco Sá/MG, Glaucilândia/MG, Guaraciama/MG, Indaiabira/MG, Itamarandiba/MG, Januária/MG, Joaquim Felício/MG, Josenópolis/MG, Manga/MG, Mato Verde/MG, Olhos D’água/MG, Padre Carvalho/MG, Pai Pedro/MG, Patis/MG, Pedras de Maria da Cruz/MG, Pirapora/MG, Porteirinha/MG, Salinas/MG, Santa Cruz de Salinas/MG, Santo Antônio do Retiro/MG, São Francisco/MG, São João da Ponte/MG, São João das Missões/MG, Taiobeiras/MG, Ubaí/MG e Varzelândia/MG.
Os presos responderão, de acordo com suas participações, por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, dentre outros. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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