Amâncio Oliva lidera avanço histórico no Vale do São Francisco: COMSAF lança sistema de potabilização que levará água tratada para mais de 2 mil famílias ribeirinhas

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O Vale do São Francisco vive um dos momentos mais importantes de sua história recente — e a frente dessa transformação está o prefeito de Varzelândia e presidente do COMSAF, Amâncio Oliva, cuja atuação firme, técnica e comprometida tem reposicionado o consórcio como uma das maiores forças administrativas da região. No último sábado, 29 de novembro, o COMSAF — Consórcio Intermunicipal Multifinalitário de Gestão Pública do Vale do São Francisco — esteve no quilombo da Palmeirinha, em Pedra de Maria da Cruz, para apresentar oficialmente o Projeto de Potabilização da Água, uma iniciativa inovadora que vai levar água tratada diretamente para dentro das casas de mais de duas mil famílias ribeirinhas. A comitiva contou com a presença do deputado estadual Ricardo Campos, do secretário-executivo do COMSAF, Agmar do Quilombo e de diversas lideranças políticas locais. Mas foi Amâncio Oliva quem conduziu o momento com a autoridade de quem conhece os desafios da região e trabalha diariamente para s...

A seca no Norte de Minas

(por AROLDO CANGUSSU) Todos nós, ultimamente, olhamos para o céu com a esperança de ver sinais de chuva. Vemos nuvens brancas pairando sobre a terra ressequida e não entendemos por que não chove.
Acompanhamos, avidamente, todos os boletins meteorológicos que passam na televisão, aguardando notícias boas para o Norte de Minas. Mas, em vão, por enquanto só aquele clarão amarelo sobre o mapa do Brasil, no local de nosso interesse.
Entretanto, como não se encerrou ainda o período de chuvas no semiárido, não é possível confirmar um dos maiores períodos de estiagem dos últimos tempos. Só sabemos que a época de chuvas está quase acabando e a precipitação pluviométrica foi uma das menores já vistas neste século.
Sabemos que, para chover, as nuvens que flutuam sobre nossas cabeças têm que concentrar as gotículas existentes no ar úmido, agregando-as até que elas se tornem mais pesadas que o ar e caiam em forma de chuva. Para isso, é necessária a conjunção de diversos fatores, tais como o vento, a umidade e diferenças de pressão.
Nos núcleos urbanos da região, principalmente em Janaúba e outras cidades maiores, as pessoas quase não percebem a gravidade da situação, só reclamam do calor, pois, ao abrir a torneira, a água está lá, abundante e generosa. É que as concessionárias de água continuam o seu trabalho de captação e, de uma maneira mais custosa e difícil, conseguem enviar a água aos consumidores.
Mas, e na zona rural, onde vivem milhares de famílias, longe das tubulações da Copasa e de outras concessionárias? Sob essa seca inclemente, os barreiros secaram, os açudes e cisternas estão com pouquíssima água, muitos sem água nenhuma. Vários municípios já estão declarando estado de emergência. Felizmente, não está acontecendo nenhuma tragédia social ainda, tais como migrações em massa, sedentação de animais, mortalidade infantil e falta de alimentos.
Graças a algumas medidas tomadas pelo governo (ainda é pouco) como a construção de cisternas caseiras que captam água das chuvas nos telhados, aposentadoria rural, bolsa família, a chegada de energia em áreas remotas, distribuição de água em carros pipa e acessos mais facilitados às áreas urbanas.
O Brasil sempre viveu com esse problema da seca no semiárido e sempre procurou combatê-lo, ineficientemente, através de medidas globais e governamentais, como, por exemplo, criando órgãos estatais tipo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). É a mesma coisa que o Canadá criar um "departamento de obras contra a neve", ou seja, não ataca a questão no âmago que é, na realidade, a "convivência" com o clima.
Sabemos que a condição de estiagem sempre vai existir, por isso a prevenção é fundamental. É necessária a distribuição de água de maneira difusa, levando-a a todos os moradores espalhados pela caatinga, capilarizando as redes de distribuição. Não basta a transposição de rios ou construção de barragens, é preciso que o acesso à água seja universal.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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