Cruzeiro segura a pressão nos Aflitos e arranca empate diante do Náutico

Fábio trabalhou muito durante o jogo e segurou o empate contra o Náutico, em Recife
Acuado em quase todo o jogo e sem muito poder ofensivo, o Cruzeiro segue sem vencer o Náutico jogando no estádio dos Aflitos. Na noite deste sábado, diante do Timbu, em Recife, a Raposa se defendeu mais do que atacou e arrancou o empate jogando fora de casa, na rodada de número dois do Campeonato Brasileiro.
Com o placar marcando 0 a 0, o segundo sob o comando de Celso Roth, o Cruzeiro fica na nona colocação da disputa nacional ao chegar a dois pontos. O Náutico conquista o seu primeiro tento na competição e é o 14º.
Na próxima rodada o Cruzeiro enfrenta o Botafogo, no Engenhão. O jogo será no dia 7 de junho, quinta-feira, às 20h30. O Náutico pega o Vasco em São Januário, na quarta, dia 6, às 20h30.

Primeiro tempo
A etapa inicial foi muito disputada e começou acelerada. O Náutico, que jogava em casa, teve a primeira chance de gol, após cobrança de falta perigosa, sofrida aos dois minutos pelo ex-cruzeirense Araújo.
Aos quatro minutos, Lúcio, que esteve nos planos da Raposa no início da temporada, cobrou o tiro livre da entrada da área do Cruzeiro, mas a bola acertou a barreira. O rebote caiu nos pés do meia Ramon. No lance, o ex-atleticano passou a redonda para o zagueiro Ronaldo Alves, que caiu, pedindo pênalti. O árbitro entendeu que a jogada era normal e nada marcou, para o desespero do torcedor pernambucano.
A reposta do Cruzeiro foi imediata. Aos cinco, em um contra-ataque, o estreante Tinga invadiu a área do Náutico e tentou o chute. A bola rebateu na defesa alvirrubra e sobrou para Wellington Paulista, que desperdiçou a chance chutando por cima do gol de Gideão.
Aos oito minutos um grande susto para a torcida azul e branca. Após recuo de bola, o goleiro Fábio tentou driblar Cleverson. No entanto, o atacante do time da casa foi mais esperto e tomou a posse da redonda do camisa 1 do Cruzeiro. Apesar da agilidade, faltou esperteza para o avante, que se atrapalhou na hora do arremate e perdeu chance incrível de abrir o placar.
O Náutico chegava mais à frente do que o Cruzeiro. O Timbu aproveitava as investidas do lateral-esquerdo Marcelo Oliveira e explorava os espaços deixados pelo ala cruzeirense. Aos 12 minutos e exemplo claro dessa jogada. Auremir subiu pela direita do ataque pernambucano e cruzou para Araújo. O atacante falhou na cabeçada e a bola sobrou para Lúcio, que chutou forte, cruzado, e o tiro passou muito perto do gol de Fábio.
As duas equipes estavam quase iguais, sendo o time mandante um pouco mais incisivo, com maior presença nos arredores da defensiva visitante. Como o jogo estava muito “pegado”, dois lances que chamaram a atenção, tendo a arbitragem como foco.
No primeiro, aos 22 minutos, Elicarlos encenou que teria levado uma cotovelada de Tinga, tentando cavar a expulsão do adversário. Mas em cima do lance, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcou a falta e somente advertiu o estreante da Raposa.
Aos 38, o volante Charles, que já tinha levado o amarelo – aos 35 minutos -, cometeu falta em Ramon. O meio-campista celeste chegou a ser expulso, mas, após muita reclamação dos cruzeirenses, o árbitro voltou atrás, cancelou o cartão vermelho e somente aplicou a advertência amarela em Diego Renan, erradamente.

Segundo tempo
As duas equipes voltaram com mudanças para a etapa de número dois. Celso Roth sacou Charles e promoveu a estreia de Willian Magrão. Já o técnico Alexandre Gallo, que defendeu as cores do Atlético como jogador entre 1999 e 2000, mudou o esquema do Náutico sacando Glaydson e colocando Souza, e retirando do campo Cleverson para apostar em Rhayner.
O jogo seguiu muito pegado, com faltas duras e vários cartões amarelos distribuídos para jogadores do Cruzeiro, que se defendia da forma que dava.
Aos 11 minutos o Náutico perdeu chance preciosa de gol. O volante Souza cobrou falta e lançou a bola no miolo da defensiva celeste, buscando Araújo. Dentro da pequena área o atacante do Timbu mandou a bola para fora.
O Náutico era só pressão e o Cruzeiro tentava explorar os lances de contra-ataque, mas não tinha êxito em suas tentativas, que sequer assustavam o então expectador, o goleiro Gideão.
Aos 19 minutos outra chance para os pernambucanos, que seguiam incansáveis no ataque. Souza fez ótimo lançamento para o zagueiro Ronaldo Alves e Fábio saiu na bola, trombando com o beque. No lance, a redonda sobrou para Araújo, que chutou para ótima defesa do camisa 1 celeste. Na terceira sobra, Derley ainda perdeu outra oportunidade de marcar aquele que seria o primeiro gol do Náutico.
O bombardeio ofensivo do Náutico seguia forte. Aos 24 e 26 minutos os nordestinos voltaram a assustar os mineiros, que ficavam na defesa, em um “Deus nos acuda”.
Tentando mudar o panorama do jogo, Celso Roth apostou em Wallyson, que entrou na vaga de Tinga, cansado. O time celeste até melhou, conseguiu algumas chances de gol no fim da partida, mas segue sem balançar as redes no Brasileirão. 

FICHA TÉCNICA
NÁUTICO 0 X 0 CRUZEIRO
Local: Estádio dos Aflitos, em Recife (PE)
Data e Hora: 26 de maio de /2012, às 21h (Horário de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (Fifa/RJ) e Emerson Augusto de Carvalho (Fifa/SP)
Cartões Amarelos: Charles, Diego Renan, Tinga, Souza e Wellington Paulista (CRU); Marlon e Ronaldo Alves (NAU)
Cartão Vermelho: Nenhum
GOLS: Nenhum
NÁUTICO: Gideão, Auremir, Marlon, Ronaldo Alves e Lúcio; Derley, Elicarlos, Glaydson (Souza - intervalo), Ramon (Rodrigo Tiuí - 15 minutos do segundo tempo) e Cleverson (Rhayner - intervalo); Araújo
CRUZEIRO: Fábio, Diego Renan, Victorino, Léo e Marcelo Oliveira; Amaral, Charles (William Magrão - intervalo), Tinga (Wallyson -26 minutos do segundo tempo), Souza (Evérton - 15 minutos do segundo tempo) e Montillo; Wellington Paulista.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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