Em Januária, Pantera Negra é fotografada em reserva
(Por Júlia Mendes, O Eco) Popularmente conhecida como onça-preta ou “pantera negra”, uma onça-pintada melânica foi fotografada em uma reserva ambiental particular mantida pela Usina Coruripe, área de mais de 18 mil hectares localizada em pleno Cerrado, no município de Januária, Norte de Minas Gerais. O raro registro da espécie, realizado no final de outubro, é um importante passo para a preservação do animal, que representa cerca de 10% da população de onças-pintadas.
Resultado do trabalho de monitoramento da biodiversidade da reserva, feito por meio do Projeto Mamífero, com apoio do Instituto Biotrópicos, o registro indica uma provável conexão com a população de onças-pintadas do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, localizado a cerca de 30 km da RPPN. “Essa potencial conexão é muito importante, pois possibilita o movimento de animais através da região, o que é essencial para a manutenção da população de onça-pintada, já que a espécie precisa de grandes áreas naturais para sobreviver”, destaca Marcell Soares Pinheiro, biólogo e coordenador de campo do Instituto Biotrópicos.
A pantera negra é da mesma espécie da onça-pintada (Panthera onca). Apesar da coloração escura, o animal também tem as rosetas, pintas características da espécie. No entanto, devido a uma mutação genética, o pelo é mais pigmentado e as marcas são mais difíceis de serem vistas. A espécie está ameaçada de extinção.
A pantera negra é da mesma espécie da onça-pintada (Panthera onca). Apesar da coloração escura, o animal também tem as rosetas, pintas características da espécie. No entanto, devido a uma mutação genética, o pelo é mais pigmentado e as marcas são mais difíceis de serem vistas. A espécie está ameaçada de extinção.
A presença da onça-pintada melânica na RPPN Porto Cajueiro sinaliza que a unidade de conservação pode servir de “trampolim ecológico”, ou seja, um ponto estratégico de ligação entre áreas de habitat natural. “Para que as onças alcancem outras unidades de conservação da região, como, por exemplo, o Parque Estadual Veredas do Peruaçu ou outras áreas protegidas nas margens do rio Carinhanha”, aponta o biólogo. O Projeto Mamíferos prevê, no médio-prazo, desenvolver iniciativas para entender melhor o uso da RPPN pela espécie e também para avaliar o estado geral de conservação das presas potenciais da onça.
Em setembro, as câmeras que monitoram animais de médio e grande portes na unidade de conservação identificaram outras espécies de mamíferos importantes do Cerrado: lobo-guará, anta, jaguatirica, gato-do-mato pequeno, irara, paca e tatu-do-rabo-mole. Houve também, em parceria com o Instituto Biotrópicos, a coleta de informações para inventariar espécies da anurofauna em áreas do rio Carinhanha, com o objetivo de apontar medidas efetivas de conservação de anfíbios.
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