Verdelândia: ossos humanos são encontrados em fazenda durante operação que apura ocultação de cadáver de vaqueiro, diz Polícia Civil






A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na segunda fase da operação Boi de Ouro em Verdelândia. A ação, deflagrada nessa quarta-feira (19) e quinta (20), teve como foco apurar a ocultação de cadáver de um vaqueiro. A primeira etapa foi realizada em maio de 2021 e teve como objetivo investigar os crimes de furto de gado e homicídio.

Segundo informações divulgadas pela PCMG à imprensa, ossos humanos foram encontrados entre a terra e tijolos, na fazenda que pertence à família dos investigados. O material foi levado para o Posto Médico Legal de Janaúba e posteriormente será encaminhado Instituto Médico Legal em Belo Horizonte para identificação por meio da análise genética.

“Montamos um acampamento na dita propriedade que perdurou dois dias ininterruptos e escavamos uma área que anteriormente foi uma cisterna”, disse a delegada Glênia Balieira Torres Aquino.

Ainda de acordo com a PCMG, a operação contou com uma equipe de 17 policiais civis, além de militares do Corpo de Bombeiros, que realizaram rapel na área vistoriada. Máquinas escavadeiras também foram utilizadas.

Primeira fase
Nove pessoas foram presas pela Polícia Civil durante a operação Boi de Ouro, realizada no dia 18 de maio de 2021, em Janaúba, Jaíba e Verdelândia.

Conforme a PCMG, o grupo estava sendo investigado pelos crimes de furto de gado e homicídio. Entre os suspeitos de envolvimento no esquema, estavam fazendeiros e um vereador que pertencem a uma mesma família. Os nomes dos investigados não foram divulgados, o que dificultou a localização de suas defesas na época.

Na primeira fase, os policiais cumpriram ainda 18 mandados de busca e apreensão, foram apreendidas duas polveiras, duas pistolas, um revólver, munições, R$ 100 mil em espécie, eletrônicos e joias.

Investigação
De acordo com a polícia, os fatos começaram a ser investigados após dois vaqueiros serem mortos em Janaúba nos anos de 2017 e 2019.

“Apurou-se que a morte dos dois homens foi motivada por ‘queima de arquivo’, uma vez que as vítimas faziam parte da organização criminosa chefiada pela família dos envolvidos, especializada em furtos de gados na região. Segundo levantado, tão logo manifestaram o desejo em abandonar a associação criada pelos parentes, os vaqueiros foram mortos.”

A PCMG informou que os corpos não foram encontrados na época.

“Os crimes e fraudes possibilitaram aos investigados uma vida de ostentação com a venda dos produtos de furto, destinados a abastecer o comércio de carne nas cidades da região", finalizou a polícia.

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