Cruzeiro perde por 2 a 1 para a Ponte Preta e se afasta do G-4

O Cruzeiro não conseguiu fazer valer o mando de campo e perdeu para a Ponte Preta, neste domingo, no Independência, por 2 a 1, pela 14ª rodada. Com o resultado, a Raposa caiu para o 8º lugar na tabela do Campeonato Brasileiro e desperdiçou a chance de colar de vez no G-4. Já a Macaca, voltou a vencer depois de quatro rodadas.
O próximo desafio do Cruzeiro será o Santos, na Vila Belmiro. A partida acontecerá na quarta-feira, às 21h50. A Ponte Preta receberá o Grêmio no Moisés Lucarelli, na quinta, às 21h.

O Jogo
O Cruzeiro iniciou o jogo de forma intensa, com boas trocas de passes no meio-campo, muita velocidade e boa movimentação dos atletas. Armado no 4-2-3-1, o time tinha Tinga atuando centralizado, mas correndo para todos os lados do campo, enquanto Wallyson caía pela esquerda e Montillo pela direita. O atacante Borges jogava enfiado na área.
Logo aos três minutos, o time celeste chegou com muito perigo, depois de bela trama. Borges lançou Wallyson, que fez corta-luz e deixou para Diego Renan. O lateral chegou fuzilando e mandando a bola na rede, só que pelo lado de fora.
Com muita velocidade, a Raposa partiu para cima do adversário, buscando o ataque pelas laterais. A defesa da Ponte Preta tomou sufoco para afastar o perigo nas inúmeras bolas alçadas na área.
Depois de blitz nos primeiros 15 minutos de jogo, o Cruzeiro demonstrava ansiedade por não conseguir ser efetivo no ataque e a Ponte Preta começou a se encontrar em campo. Disposta a jogar no erro dos mineiros, a Macaca conseguiu encaixar um contra-ataque fulminante. Marcinho achou um buraco na defesa celeste e tocou para Cicinho. De cara com Fábio, ele tocou com tranquilidade, fora do alcance do goleiro.
Caindo pela direita, o argentino Walter Montillo não conseguia render o esperado. Wallyson também tinha dificuldades no outro lado do campo. O jogador demonstrava vontade, mas prendia muito a bola e cavava faltas, no estilo 'Wellington Paulista'.
Atrás no placar, o time estrelado pressionava a Ponte, às vezes de forma afoita. Totalmente ofensiva, a Raposa continuava dando espaços entre os volantes e os zagueiros. Em um desses momentos de desatenção, Marcinho só não ampliou porque não quis. O camisa 10 recebeu de frente para o gol, entrou na área e chutou rasteiro, mas errou o alvo.
Embora desorganizado taticamente, o Cruzeiro mantinha a posse de bola e desperdiçava várias chances de empatar. Até que, no último lance do primeiro tempo, Montillo fez grande jogada individual, invadiu a área e cruzou. A bola passou por Tinga e pelo goleiro Roberto, sobrando livre para Borges empurrar para o gol vazio.

Personagem do 1º tempo
O volante Charles não fez boa partida na etapa inicial, errando vários passes. Em alguns lances, ele perdeu a bola sozinho. A torcida não perdoou e vaiou o jogador veementemente. O camisa 7 provocou os torcedores e saiu de campo chorando muito no intervalo, sem querer falar com a imprensa.
Entretanto, ele retornou para o segundo tempo. Curiosamente, na volta, foi aplaudido e teve seu nome gritado pela torcida.

Segundo tempo
Os jogadores do Cruzeiro voltaram para a etapa final animados com o gol de empate marcado no final do primeiro tempo, mas levaram um banho de água fria. Logo no primeiro lance de ataque, aos dois minutos, a Ponte Preta desempatou, com uma cobrança de falta de Marcinho do meio da rua. O jogador tentou lançar a bola na área, mas ela bateu no chão e matou o goleiro Fábio.
O técnico Celso Roth não fez nenhuma substituição no time no vestiário, mas mudou o esquema tático, invertendo o posicionamento de Montillo e Wallyson. O argentino passou a cair pela esquerda e, de fato, rendeu mais. As principais jogadas de ataque da Raposa passavam pelos pés do camisa 10.
Todo no ataque, o Cruzeiro pressionava o adversário em seu campo de defesa, mas, no decorrer do jogo, alguns jogadores começavam a acusar cansaço, até pelo ritmo intenso da partida. Par adar gás novo ao ataque, Roth fez a primeira mudança, lançando Wellington Paulista no lugar de Wallyson. O atacante entrou para desempenhar a mesma função que o camisa 11, caindo pela beirada do campo, em velocidade.
A segunda substituição no Cruzeiro foi muito mais uma escolha de emergência do que tática. Ceará pediu para sair depois de ficar tonto por um choque cabeça com cabeça com Renê Júnior. Entrou Souza, que já estava a postos, no lugar do lateral e, imediatamente, Marcelo Oliveira ocupou a vaga de Tinga, a fim de preencher a lateral.
À medida que o tempo passava, o Cruzeiro demonstrava nervosismo e não conseguia chegar ao gol com qualidade. O time abandonou o esquema tático e avançava de qualquer maneira, arriscando chutes de fora da área ou de onde mais a bola sobrasse. Enquanto isso, a Ponte Preta tentava esfriar o jogo, catimbando toda vez que a bola era parada.

Cruzeiro 1 x 2 Ponte Preta
Motivo: 14ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Independência, em Belo Horizonte-MG
Árbitro: Edvaldo Elias da Silva
Público: 15.103
Renda: R$ 393.665,00
Gols: Cicinho, aos 17' e Borges, aos 46' do 1º tempo; Marcinho, aos 2' do 2º tempo.

Cruzeiro
Fábio, Ceará (Souza), Léo, Victorino, Diego Renan; Leandro Guerreiro, Charles, Tinga (Marcelo Oliveira), Montillo; Borges e Wallyson (Wellington Paulista)
Técnico: Celso Roth

Ponte Preta
Roberto, Gerônimo, Gustavo, Tiago Alves e Uendel; Baraka, Somália (Renê Júnior), Cicinho, Marcinho (Caio), Rildo (Diego Sacoman) e Roger
Técnico: Gilson Kleina

Cartões amarelos: Ceará, Léo, Leandro Guerreiro e Wellington Paulista (Cruzeiro); Roberto, Tiago Alves, Rildo e Roger (Ponte Preta)


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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