Atlético fica no 0 a 0 com o Fluminense e mantém a liderança do Brasileirão

Time carioca reclama muito da arbitragem, que invalidou gol do Tricolor, marcado por Fred, aos 43 minutos da etapa final
Atlético e Fluminense ficaram no 0 a 0, na tarde deste domingo, no Engenhão, em partida válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time mineiro segurou bem o ímpeto ofensivo dos cariocas durante os 90 minutos, contando com a boa atuação do goleiro Victor.
O arqueiro atleticano, autor de duas grandes defesas, ajudou sua equipe a garantir um ponto precioso fora de casa. E ainda contou com um erro da arbitragem, que invalidou gol legítimo do Fluminense.
O empate ainda deixa o Galo na liderança do Brasileirão, com 32 pontos, dois à frente do Vasco, vice-líder - com 30. O Fluminense fica com 26, na terceira colocação.
Na próxima rodada, o Galo enfrenta o Flamengo, no dia 4 de agosto, sábado, às 18h30, também no Engenhão. O Fluminense visita o Coritiba, no domingo, dia 5, às 16h.

Primeiro tempo truncado e nervoso
Fluminense e Atlético fizeram um primeiro tempo “amarrado” e nervoso. Nos primeiros 45 minutos de partida, o árbitro Rodrigo Braghetto, muito contestado pela comissão técnica alvinegra – que discordou de algumas marcações do dono do apito no Engenhão – assinalou 24 faltas. 13 cometidas pelo time mineiro e 11 dos cariocas.
Mesmo com o jogo truncado, o Atlético tentou imprimir um ritmo acelerado, buscando jogar nos erros do Fluminense. Só que o time da casa estava atento e assustou primeiro. Logo aos quatro minutos, Fred desperdiçou boa chance, de frente para o gol de Victor, ao receber cruzamento de Carlinhos.

Reclamações alvinegras
Com muitas jogadas ríspidas na etapa um, o árbitro tentava manter o controle da partida distribuindo cartões amarelos. Foram três advertências, sendo duas para o Atlético (Danilinho e Junior Cesar) e uma para o Flu (Wallace).
As advertências também foram motivo de reclamações por parte do Galo, que cobrou “mais pulso” de Rodrigo Braghetto. O árbitro deixou de advertir Deco - acertou uma 'solada de chuteira' no calcanhar de Pierre – e, na visão dos atleticanos, inverteu marcações de faltas e não deu um pênalti, após o zagueiro Gum, aos 14 minutos, cortar com a mão um lance de ataque do time mineiro, dentro da área.

Jô e Wellington Nem obrigam os goleiros a “operarem milagres”
Ronaldinho Gaúcho era quem tentava levar o Galo ao ataque, principalmente com os lançamentos em profundidade. Em um desses lances, R49 cobrou falta e encontrou Danilinho na área. O meia-atacante deu um passe de cabeça para Jô, que cabeceou à queima-roupa de Diego Cavalieri, responsável por impedir o gol na jogada mais incisiva do Alvinegro na etapa um.
O Fluminense ainda obrigou Victor a fazer milagre aos 45 minutos. Em uma chegada rápida do Flu, Fred lançou Wellington Nem. O meia cabeceou com bastante perigo e obrigou o goleiro atleticano a salvar o Galo. E o primeiro tempo terminou assim: 0 a 0.
O Atlético até teve mais posse de bola no primeiro tempo (50,22% contra 49,78% do Flu), mas foi mesmo o Fluminense que por pouco não foi para o intervalo à frente no placar.

Jogo recomeça e Flu chega “com tudo”
O segundo tempo começou com o Fluminense indo para cima do Atlético. O time mineiro se defendia bem, mas se preocupava com as investidas perigosas do time mandante.
Aos 13 minutos, Victor fez mais uma grande defesa, salvando o Galo. Ronaldinho perdeu a bola no meio-campo e Wellington Nem ganhou na corrida. O meia encontrou Fred, que frente a frente com o goleiro do Atlético, perdeu chance incrível. Méritos totais para a grande defesa do arqueiro alvinegro.
Um minuto depois o Atlético deu a resposta rápida, com Marcos Rocha e Danilinho. O meia-atacante, dentro da área, após ser acionado pelo lateral, chutou para fora a chance de do Galo abrir quatro pontos de vantagem sobre o Vasco, atual vice no Brasileirão (30 pontos).
O Fluminense seguia na pressão, tentando cozinhar o Galo. Mais presente no ataque, o time carioca
tentava ultrapassar a meta de Victor, um dos nomes do Atlético no jogo. Vez ou outra os mineiros arriscavam chutes, bem defendidos por Diego Cavalieri, que não teve tanto trabalho no jogo.

Mudanças no time: por cansado ou estratégia
Muito corrido seguiu o segundo tempo. Por causa do jogo de velocidade, alguns jogadores não conseguiram ficar 90 minutos em campo. Sendo assim, Cuca e Abel Braga foram obrigados a mudar suas equipes.
Pelo lado do Galo, Bernard reclamou de cansaço e foi substituído por Escudero, enquanto Guilherme ficou com a vaga de Danilinho. No lado do Fluminense, o ex-cruzeirense Wagner ganhou o lugar do zagueiro Wallace, lesionado. Antes, Thiago Neves, que não fez uma boa partida saiu para a entrada de Marcos Júnior.
As mudanças deram novo gás às equipes, que mantinham o ritmo de ataque lá e cá.
Aos 43 o lance mais polêmico do jogo. Fred recebeu lançamento em profundidade, partiu para a área de Victor e finalizou, balançando a rede do goleiro do Galo. Equivocadamente o bandeira assinalou impedimento, para a sorte alvinegra.
Se no último jogo o Atlético sentiu o peso do erro da arbitragem – fez quatro gols legítimos diante do Santos e somente dois foram validados -, na noite de domingo foi beneficiado pelo trio do apito.
O empate garantiu um ponto para o Atlético, que se mantém na liderança do Brasileirão.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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