Van com quilombolas estaria a 130 km/h

Um dos sobreviventes do grave acidente que matou, anteontem, nove pessoas e feriu outras 11 na BR-122, em Janaúba, afirmou que o motorista da van que transportava membros de uma comunidade quilombola estava em alta velocidade, a cerca de 130 km/h. Fabiano de Jesus, 23, disse ainda que nenhum dos passageiros usava cinto de segurança. O jovem perdeu a mãe, o padrasto e o sogro.

"O motorista estava correndo. Foi traumatizante. A maioria das pessoas foi arremessada para fora da van. O socorro demorou pelo menos 40 minutos e, enquanto isso, todo mundo gritava e se desesperava", disse.

A cidade de Catuti, no Norte de Minas, homenageou ontem as nove vítimas da tragédia. Elas foram enterradas na zona rural da cidade, onde moravam na comunidade quilombola Malhada Grande. O prefeito Hélio Pinheiro decretou luto oficial de três dias. "O clima é de muita tristeza. As vítimas eram muito conhecidas e queridas", lamentou.

Os quilombolas viajavam para Montes Claros, também no Norte de Minas, onde fariam uma apresentação de dança. A roda dianteira da van em que eles estavam se soltou e o veículo capotou.

Ontem, o prefeito negou que soubesse que a Sprinter, que tinha capacidade para carregar 16 passageiros, transportava 20 pessoas. O município havia providenciado o transporte. Até ontem, três feridos permaneciam internados no Hospital Regional de Janaúba, com quadro de saúde estável.



Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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