Casa apresentava cenário de vulnerabilidade — Foto: Montagem/g1
Mulher ameaçou conselheiras com um facão, segundo a PM — Foto: Polícia Militar/Divulgação
Uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante neste domingo (28) em Curral de Dentro, no Norte de Minas Gerais, suspeita de agredir a filha de apenas 4 anos durante um suposto ritual religioso. O caso mobilizou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar, e a criança precisou receber atendimento médico devido às lesões.
Denúncia e resistência à abordagem
De acordo com as autoridades, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia de que a criança estaria sendo agredida pela mãe. Ao chegarem à residência, as conselheiras foram ameaçadas pela jovem, que utilizava pedaços de madeira e um facão para intimidá-las. Diante do risco, as profissionais se retiraram e acionaram a Polícia Militar.
Quando a guarnição chegou ao local, encontrou a suspeita escondida dentro da casa, próxima ao facão. Inicialmente, ela atendeu à ordem de se afastar da arma, mas logo em seguida tentou retomá-la, obrigando os militares a utilizarem uma arma de incapacitação neuromuscular (taser) para contê-la. A mulher acabou sendo algemada e presa.
Cenário de vulnerabilidade
Segundo a PM, a residência apresentava sinais de abandono e vulnerabilidade, com sujeira, desorganização e falta de alimentos. Em um dos cômodos, foram localizadas velas e doces que, conforme a suspeita, faziam parte de práticas religiosas.
Questionada pelos policiais, a jovem afirmou ser umbandista e declarou que as agressões faziam parte de um ritual em homenagem à entidade Cosme e Damião.
Condição da criança e providências
A menina de 4 anos apresentava pequenas lesões nos braços e pernas. Ela foi levada ao Hospital Santo Antônio, em Taiobeiras, onde recebeu atendimento médico. Após os procedimentos, a criança ficou sob os cuidados da avó materna.
Histórico da suspeita
Ainda conforme a Polícia Militar, a mulher já tinha passagem por violência doméstica. Em 2024, ela foi denunciada por agredir a própria mãe em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Encaminhamento
Após ser presa em flagrante, a mulher foi levada à Delegacia de Polícia Civil, onde teve a prisão ratificada. Em seguida, foi conduzida ao presídio de Taiobeiras, onde permanece à disposição da Justiça.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que deverá apurar em detalhes as circunstâncias do crime, bem como eventuais vínculos da suspeita com práticas que possam ter colocado a criança em risco.
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