O retrato do abandono do Norte de Minas Gerais pelo Governo Zema

Deputado Estadual Ricardo Campos

Enquanto se discute o roubo de cabos no Sul de Minas Gerais, o Norte não tem esse tipo de problema de roubo de cabos, simplesmente porque não existe energia elétrica em dezenas de comunidades.”

Dados do “Mapa da Riqueza”, divulgado neste ano pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) mostra que as 10 CIDADES MAIS POBRES DO ESTADO DE MINAS GERAIS SÃO DA REGIÃO NORTE E JEQUITINHONHA. Sendo elas: Verdelândia, São João do Pacuí, Cônego Marinho, Matias Cardoso, Fruta de Leite, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis, Mamonas, Santo Antônio do Retiro e a cidade de Monte Formoso, pertencente ao Jequitinhonha.

O deputado estadual Ricardo Campos tem alertado o legislativo, desde o início de seu mandato, para o abandono sofrido pela população da região Norte. O abismo social estabelecido pelo governo federal anterior, e fortalecido pela inoperância de políticas públicas específicas para as regiões Norte, Nordeste, Jequitinhonha e Vale do Mucuri, por parte do atual governo de Minas.

“O desmonte do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais – Idene - e sua transferência para a Secretaria de Desenvolvimento Social – Sedese, realizada durante a alteração da estrutura orgânica do Poder Executivo do Estado, constata o tratamento diferenciado dispensado pelo governador do Estado que de fato ignora as carências da população dessas regiões”, comentou o deputado.

O confinamento de ações socioeconômicas, e a normalização das condições desse abandono podem ser pontuadas em diferenças regionais gritantes como:

- enquanto fazem audiências públicas para se discutir a qualidade da água, em dezenas de distritos norte-mineiros não possuem acesso à água;

- enquanto se discute a qualidade do 5G, comunidades do Norte não utilizam celular, pois não existe nem torre de transmissão nas localidades;

- enquanto se discute o roubo de cabos nos municípios ricos, o Norte não tem esse problema, porque não tem energia em muitas localidades. E para piorar, foram desativados postos de atendimento em mais de 30 municípios da região, situação também denunciada na tribuna legislativa pelo deputado Ricardo Campos.

Enquanto o Hospital Universitário de Montes Claros vive uma grande crise que impacta diretamente na vida de toda população da cidade, provocada pelo corte de 36 leitos por falta de recursos para pagar os trabalhadores e a manutenção do hospital, o governo levanta edifícios hospitalares “a rodo” no Sul e Sudeste;

- enquanto se discute o traçado do Rodoanel, sob um orçamento bilionário, o Norte permanece com 650 quilômetros de estradas de chão, de pura terra. Como forma de apresentar uma saída para a ausência de investimentos nessas estradas, foi apresentado pelo deputado Ricardo Campos o Projeto de Lei n°328/2023, que prioriza a destinação dos recursos oriundos da concessão de trecho da BR-135 para a realização das obras da Região, que é a principal prejudicada pelos efeitos da concessão com o pedágio cobrado.

Esse é o retrato do abandono do Norte. É preciso trabalhar, em todas as esferas, por um desenvolvimento econômico justo e igualitário em todos os municípios mineiros. Por Minas e pelos Gerais.

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