Preso em Januária: Foragido da justiça, ex-diplomata condenado por agredir ex-namorada no DF
(Por Michelly Oda, g1 Grande Minas) Um ex-diplomata que era considerado foragido foi preso pela Polícia Militar em Januária (MG) nesta quinta-feira (9).
Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), Renato de Ávila Viana aparece como réu em dois processos e foi condenado pelos crimes de lesão corporal e ameaça. As sentenças foram proferidas pelos Juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Núcleo Bandeirante e de Águas Claras, em 2018 e 2020.
Renato de Ávila Viana era primeiro-secretário do Ministério das Relações Exteriores e foi demitido após receber a primeira condenação. Ele foi enquadrado por improbidade administrativa e por "descumprimento das normas que disciplinam a conduta pessoal e a vida privada do servidor público".
O g1 não conseguiu localizar a defesa de Viana.
Preso em academia
De acordo com o tenente Nilson Gusmão, da PM, o foragido foi encontrado após os militares da Seção de Inteligência receberem informações de que ele estaria morando na cidade mineira.
De acordo com o tenente Nilson Gusmão, da PM, o foragido foi encontrado após os militares da Seção de Inteligência receberem informações de que ele estaria morando na cidade mineira.
“Desde então iniciou-se diversas diligencias no sentido de identificar essa pessoa e o local onde ele estaria residindo. Foi constatado que o pai do ex-diplomata tem uma casa em Januária, mas reside em São Paulo.”
Ainda conforme o tenente Gusmão, os policiais monitoraram a residência e viram o momento em que Renato Viana saiu da casa e foi para uma academia.
Ainda conforme o tenente Gusmão, os policiais monitoraram a residência e viram o momento em que Renato Viana saiu da casa e foi para uma academia.
“Foi feito o acionamento de uma viatura caracterizada que compareceu até a academia, identificou o foragido e deu voz de prisão a ele em virtude do mandado expedido pela justiça do Distrito Federal. Ele não resistiu à prisão e foi conduzido até a delegacia, onde foi entregue para o delegado de plantão.”
Sobre as condenações
Segundo o TJDFT, Viana foi condenado, em 2020, pela prática do crime de lesão corporal grave, cometido contra ex-namorada. O juiz fixou a pena em cinco anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ainda determinou a prisão preventiva do acusado.
Conforme noticiou o g1, na época da segunda condenação, o ex-diplomata cumpria sentença em regime aberto, também por violência contra mulher. Ele chegou a ficar preso entre outubro de 2018 e março de 2019, porém, recebeu o direito à progressão de pena e deixou a o Complexo Penitenciário da Papuda.
Segundo o TJDFT, Viana foi condenado, em 2020, pela prática do crime de lesão corporal grave, cometido contra ex-namorada. O juiz fixou a pena em cinco anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ainda determinou a prisão preventiva do acusado.
Conforme noticiou o g1, na época da segunda condenação, o ex-diplomata cumpria sentença em regime aberto, também por violência contra mulher. Ele chegou a ficar preso entre outubro de 2018 e março de 2019, porém, recebeu o direito à progressão de pena e deixou a o Complexo Penitenciário da Papuda.
Após a determinação de prisão na segunda condenação, o TJDFT informou que a defesa entrou com pedido de habeas corpus, que foi negado em fevereiro de 2021.
A sentença mais recente, de outubro de 2020, é referente a um caso que ocorreu em 2017, em Águas Claras, no Distrito Federal. Viana teria ido à casa de uma ex-namorada para tentar reatar o relacionamento. Com a negativa da vítima, ele passou a agredi-la "com safanões e segurou fortemente seu rosto, pressionando-o ao ponto de fazer se soltar uma prótese dentária", conforme descreve o processo.
A denúncia, oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios narra que o réu compareceu à casa da vítima no intuito de tentar reatar o relacionamento. Diante da negativa, a mulher foi agredida e chegou a perder uma prótese dentária.
”Para além da agressão física, o réu criou verdadeiro cenário de terror por ocasião dos fatos apreciados nestes autos. O réu jogou a declarante de um lado para outro do apartamento, forçou a mão sobre a boca da declarante e alternava tentativas de beijos com outros tapas", registrou o juiz que atuou no caso.
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