Mecânico de mineração de São João do Paraíso é reconhecido entre as vítimas da tragédia em Brumadinho


"Uma pessoa muito tranquila. Super alegre. Tem muitos amigos aqui em São João do Paraíso". É assim que o mecânico de mineração, Gustavo Sousa Júnior, de 37 anos, é descrito pelos amigos e familiares. Ele é uma das vítimas fatais da tragédia em Brumadinho após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, que já deixou dezenas de mortos e centenas de desaparecidos.

"Tínhamos a expectativa de encontrá-lo com vida. Estávamos muito angustiados com o desaparecimento dele. Estamos muito abalados, mas aliviados de ter a certeza do que ocorreu com ele", diz a prima Rosana Francisca Chagas.

De acordo com a prima, o corpo de Gustavo Júnior foi reconhecido nesta quinta-feira (31) após exame de DNA. Ele saiu do Norte de Minas há mais de 10 anos e trabalhava para a Vale em uma empresa terceirizada. "Apenas dois irmãos dele, além de primos e avó, moram em São João do Paraíso. A família é muito religiosa e sempre que podia vinha para cá. Há seis meses ele esteve aqui, nas festas juninas".

Outras vítimas da região

O rompimento da barragem de Mina do Feijão deixou outras vítimas no Norte de Minas. O técnico em meio ambiente, Renato Vieira Caldeira, natural de Montes Claros, trabalhava na Vale há 13 anos. O corpo dele foi enterrado em Belo Horizonte nesta quinta-feira (31).

Daniel Muniz Veloso, natural de Coração de Jesus, também morreu no rompimento da barragem. O corpo dele foi enterrado na cidade natal na última segunda (28). Ele tinha 29 anos e trabalhava em uma empresa terceirizada que presta serviço para a Vale.

O supervisor de elétrica, Júlio César Teixeira Santiago, de Montes Claros, está desaparecido desde a tragédia. A família de Júlio César informou que ele estava há cerca de seis meses em Brumadinho a serviço de uma empresa terceirizada da Vale.

Antônio Fernandes Ribas, de 49 anos, trabalhava como motorista de caminhão em uma empresa terceirizada que presta serviço para a Vale e também está desaparecido. Ele é natural de Mato Verde e morava em Belo Horizonte há cerca de 30 anos.

Duas irmãs de Várzea da Palma estão entre as sobreviventes. Elas estavam em casa quando foram atingidas pela onde de lama e conseguiram se salvar porque foram puxadas por vizinhos.

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