Prefeitos se reúnem na AMAMS e resolvem negociar com a COPASA sobre adutora do Rio Pacuí
Nessa quarta-feira, dia 6, será realizada uma nova reunião, para definir a proposta que será apresentada ao Estado e no dia 11, segunda-feira, será realizada uma reunião final, pois no dia 13, o assunto deverá ser discutido diretamente com o governador Fernando Pimentel. O presidente da AMAMS, José Reis Nogueira de Barros, prefeito de Bonito de Minas, entende que o acordo foi uma boa saída, pois existe um impasse que precisa ser resolvido, ficando o Estado responsável de avaliar as propostas apresentadas pelos municípios.
Na reunião, Samuel Leite Caetano criticou a forma como a Copasa e o Governo conduziram a obra, sem dialogar com as partes interessadas e por isso, alertou que se for necessário barrar a obra que está em fase inicial, isso acontecerá, já que os movimentos sociais estão prontos para essa situação. Os dados indicam que 7.000 famílias, ou seja, 28.000 pessoas em média serão afetadas pela retirada da água do Pacuí para ser levada até Montes Claros. O ambientalista Carlos Dayrel, do CAA, apresentou estudo técnico onde serão necessários R$ 27 milhões para revitalizar os rios Juramento e Pacuí e propôs que isso fosse colocado nas negociações com o Estado e inclusive podem ser captados recursos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola.
Ele acusou que a Copasa se preocupou em preservar o entorno da barragem, mas esqueceu de fazer ações nas cabeceiras e nascentes, provocando com isso, que o rio Juramento secasse. Outra proposta dele é que seja retirado todo plantio de eucalipto nas duas bacias hidrográficas, pois, estudos indicam que eles consomem em média 578 litros/segundo. Cita que existem trechos onde foram plantados eucaliptos a 50 metros do leito do rio, sendo que existem 8.138 hectares dessa espécie em Juramento. Na área do Pacuí, são 27.000 hectares.
O deputado Paulo Guedes reconheceu que faltou habilidade da Copasa para tratar desse assunto, criando esse problema que o Governo agora tem de resolver. Explica que existem opções de trazer água do Pacuí, Jaíba, Jequitaí e Ibiaí ou então de construir uma barragem em Brasília de Minas, orçada em R$ 100 milhões, que aliviaria Montes Claros e outros municípios. Por isso, sugeriu que fosse realizada uma negociação, com condicionantes. O secretário-executivo da AMAMS, Ronaldo Mota Dias entende que o acordo tem de ser realizado com aquiescência do Ministério Público, estabelecendo sanções caso a Copasa não o cumpra.
Ascom | AMAMS
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