Em Janaúba, duplo homicídio choca moradores do bairro Ribeirão do Ouro

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Na tarde deste sábado, 16 de agosto, um crime violento tirou a tranquilidade dos moradores do bairro Ribeirão do Ouro, em Janaúba, no Norte de Minas Gerais. Um duplo homicídio foi registrado nas imediações de um bar situado na avenida Vereador José Prates, próximo a uma igreja, mobilizando equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil. De acordo com as primeiras informações, duas pessoas do sexo masculino foram assassinadas. Uma das vítimas estava sentada em uma cadeira quando foi surpreendida e atingida por disparos de arma de fogo, morrendo ainda no local. O outro homem foi encontrado caído na calçada, também alvejado, sem qualquer chance de socorro. Até o momento, as autoridades não divulgaram a identidade das vítimas, nem há informações sobre a motivação ou a autoria do crime. A dinâmica exata do duplo homicídio ainda será apurada, mas a perícia técnica esteve no local para coletar evidências que possam auxiliar nas investigações. A Polícia Militar realizou diligências nas redondez...

Minas Gerais tem suas serras com os dias contados

A relação mineração e meio ambiente é garantia de conflitos. Em Minas Gerais, Estado privilegiado em recursos naturais e maior província mineral do país, o embate das mineradoras com os defensores do meio ambiente é perene. O apetite por minério de ferro e seus retornos financeiros levou mineradoras a avançarem sobre paraísos ecológicos. O agravante da situação é que, invariavelmente, onde existe minério, existe água.
O argumento dos especialistas em mineração é o da rigidez locacional, ou seja, o minério só pode ser explorado onde está. Argumentam, ainda, que o impacto gerado é muito localizado.
Esses argumentos são prontamente rebatidos por ambientalistas, que também defendem a rigidez locacional para a preservação. Afinal, a criação de um parque, por exemplo, só pode ocorrer onde existe a convergência de características relevantes que justifiquem sua criação.
Nessa corrida pelo minério e pela preservação, as empresas mineradoras são mais velozes. O pico do Cauê, em Itabira, por exemplo, já não existe mais, destino que também terá o pico do Itabirito. Em Congonhas, a Serra de Casa de Pedra, fundo para os Doze Profetas esculpidos por Aleijadinho, está sob ameaça. As reservas de diamantes na Serra da Canastra já foram detectadas pelos radares de multinacionais.
Na prática, a sociedade deve escolher entre dois caminhos. Um deles é o da produção de uma riqueza que, ainda que significativa, tem esgotamento previsto para daqui a alguns anos, deixando um rastro de danos irreversíveis nas imensuráveis riquezas naturais, científicas e histórica.
A outra opção é a manutenção do tesouro para as presentes e futuras gerações, com seu aproveitamento em atividades que também geram riqueza para os municípios e suas populações, sem, no entanto, jamais esgotar sua fonte.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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