Justiça ordena que hospital só atenda pelo SUS
Promotor argumenta que hospital foi construído com dinheiro público |
O prazo concedido pela magistrada é de 90 dias para que o hospital deixe de prestar qualquer serviço ou atendimento particular sob pena de multa diária de R$ 20 mil. O município tem a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento da medida e também garantir que os pacientes internados por planos particulares tenham o tratamento concluído.
Segundo o MPE, a intenção é assegurar que a fundação, que é uma entidade instituída para atuar como um hospital público, atue corretamente, uma vez que ele foi construído com recursos públicos. O promotor Gustavo Augusto Pereira de Carvalho Rolla entende que a fundação atuava apenas como prestadora privada de serviços. "O SUS, que deveria ser a essência da fundação, vem sendo tratado como se fosse apenas mais um de seus convênios privado", afirma Rolla.
Não bastasse isso, conforme o Ministério Público, a unidade disponibilizava parte de sua capacidade operacional para atendimento de pacientes particulares e de convênios privados.
Prejuízos. Ainda de acordo com o MPE, vários usuários do hospital que utilizavam o serviço pelo SUS reclamaram de terem sido redirecionados para o atendimento privado. "Os pacientes estavam sendo cobrados pelos serviços privados", denunciou o promotor.
A reportagem tentou falar com a direção do hospital, sem sucesso.
Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com
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