Administração “Do Povo Para o Povo” de Varzelândia fortalece parcerias em Brasília e garante avanços para a zona rural

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A Prefeitura de Varzelândia, com a gestão “Do Povo Para o Povo”, comandada pelo prefeito Amâncio Oliva, segue mostrando resultados concretos por meio de diálogo, compromisso e articulação política. Na semana passada, o prefeito esteve em Brasília, no gabinete do líder da Bancada Mineira no Congresso Nacional, Deputado Federal Igor Timo (PSD), onde firmou compromissos e assegurou recursos importantes para o município. Durante a visita, foram confirmadas emendas parlamentares destinadas a atender o vereador Vagner de Queiroz, representante da comunidade do Brejo do Mutambal, na zona rural de Varzelândia. A iniciativa reforça a atenção da administração municipal às necessidades do campo, fortalecendo a agricultura familiar e garantindo mais qualidade de vida para os moradores da região. União que gera resultados O prefeito Amâncio Oliva destacou que a conquista é fruto da união entre Prefeitura, Câmara Municipal e parceiros políticos em nível estadual e federal. “Quando união e compromiss...

Em Januária, esgoto não tratado tem matado crianças que convivem com falta de saneamento básico; famílias sofrem com impactos na saúde



Informações O Tempo
Na comunidade de Alegre, em Januária, no Norte de Minas Gerais, a luta por saneamento básico atravessa gerações. A aposentada Zilda Soares dos Santos, de 62 anos, divide o mesmo teto com a filha Valdineia, 35, e o neto Eick Ravi, de apenas 3. Todos compartilham a mesma espera por um serviço que ainda não chegou: acesso a água tratada e esgotamento sanitário.

Enquanto sonha com dias melhores, Zilda recorda a chegada da energia elétrica à região, no fim do século passado, e lamenta a possibilidade de morrer sem ver a comunidade atendida com saneamento. “Não estamos pedindo muito, apenas o básico. O que a gente não teve de melhor na vida, quer para os filhos e netos”, desabafa.

Reflexo na saúde das crianças
A ausência desse serviço essencial impacta diretamente na saúde. Dados do Ministério da Saúde, via Sistema de Informações Hospitalares do SUS, mostram que 781 crianças e adolescentes, de 5 a 19 anos, foram internados em Minas Gerais no primeiro semestre de 2025 com doenças de veiculação hídrica, como diarreia, cólera e infecções intestinais. Em 2024, foram 2.107 atendimentos.

O médico Marcelo Otsuka, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo, explica que a diarreia, causada por vírus como rotavírus e adenovírus, é a enfermidade mais comum ligada à falta de saneamento. Só em Minas, 386 mil pessoas adoeceram e 245 morreram entre janeiro e julho deste ano em decorrência dessas condições, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Além disso, a leptospirose, transmitida pela urina de animais em ambientes sem esgotamento adequado, continua preocupando. Em 2024, o Brasil registrou 3.792 casos confirmados, com 346 mortes. Em Minas Gerais, foram 152 ocorrências e 12 óbitos.

Histórias que se repetem
Valdineia, filha de Zilda, conta que sua infância também foi marcada por doenças relacionadas à água contaminada. “Eu sentia muita diarreia, dor de cabeça. Às vezes não ia à escola por causa desses problemas”, recorda. Agora, a mãe revive a experiência vendo o filho enfrentar os mesmos obstáculos.

A realidade é confirmada por profissionais de saúde locais. Uma agente comunitária de Januária, que pediu anonimato, relatou que “muitas crianças têm apresentado vômito e diarreia” nas últimas semanas.

Desafios e esforços do poder público
O prefeito de Januária, Maurício Almeida, reconhece a gravidade da situação. Ele afirma que há esforços para levar saneamento básico às escolas, mas admite que o maior desafio está nas zonas rurais, por causa da distância e da falta de estrutura.

Direito fundamental e metas globais
O oficial de Água, Saneamento e Higiene do Unicef, Rodrigo Resende, lembra que o saneamento é um direito humano garantido pelo ODS 6 da ONU. “A privação de água e esgoto tratados impacta os demais direitos, como à saúde e à educação”, destaca.

A professora Sonaly Rezende, pesquisadora da UFMG, alerta para outro problema: os banheiros precários. “Eles podem gerar repulsa e recusa em sua utilização, levando a doenças relacionadas à contaminação, à falta de higiene menstrual e até à recusa na ingestão de água”, explica.

Impactos na educação, principalmente entre meninas
Um estudo do Unicef mostra que quase 200 mil alunas no Brasil não têm condições mínimas para lidar com a saúde menstrual na escola. Em estados como Minas Gerais, Espírito Santo e Pará, mais da metade das estudantes do nono ano estão parcialmente desassistidas em itens básicos de higiene.

A professora Uende Aparecida Figueiredo Gomes, da UFMG, alerta que a falta de banheiros adequados impede meninas de frequentar as aulas, afetando diretamente o direito à educação e perpetuando o chamado “ciclo da pobreza”.

Uma espera que não pode ser eterna
Na beira da BR-135, entre dificuldades do campo e limitações da infraestrutura, a família de Zilda resume o dilema de milhares de brasileiros que ainda aguardam acesso a serviços básicos. O que para uns é cotidiano, para outros continua sendo um sonho distante: viver com dignidade, saúde e saneamento.

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