Francisco Sá: detento condenado a mais de 260 anos de prisão é investigado por comandar roubos de dentro da penitenciária





(Por Nátila Gomes, g1 Grande Minas) A Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais cumpriram nesta terça-feira (10) mandados de prisão e mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa em quatro cidades de Minas Gerais: Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais, e nos municípios de Lagoa da Prata, Formiga e Belo Horizonte.

Um dos alvos da Operação “Reação em cadeia” foi o líder do grupo, que coordenava um esquema de roubos de dentro da penitenciária de Francisco Sá. Ele tem condenações que, somadas, chegam a 260 anos de reclusão. Ao todo, os policiais cumpriram quatro mandados de prisão contra investigados que já estavam no sistema prisional. Dois mandados de busca e apreensão foram na cidade do Norte de Minas. Um celular e um carregador foram encontrados pelos policiais dentro de uma privada do presídio.

Segundo o Ministério Publico, durante as investigações, que começaram em janeiro deste ano, foi possível identificar todos os integrantes de uma organização criminosa responsável por, pelo menos, três roubos mediante restrição de liberdade das vítimas, ocorridos em Lagoa da Prata nos dias 25 de janeiro, 22 de fevereiro e 13 de março.

Durante os roubos, os suspeitos seguiam orientações em tempo real de condenados a centenas de anos de prisão, que estabeleciam o modo de execução e indicavam as contas bancárias destinatárias dos valores roubados. Em troca, os donos dessas contas recebiam uma porcentagem do produto do crime. Por meio de investigações, a Polícia Civil verificou que um dos beneficiários desse esquema é colombiano, atualmente residente na cidade de Formiga, na região Centro-Oeste de Minas.

As vítimas eram atraídas ao local da emboscada em Lagoa da Prata após prévias negociações falsas de vendas de bens valiosos, como máquinas pesadas, aviões e carretas, realizadas diretamente pelos presos, que se faziam passar por empresários.

Conforme a promotoria de Justiça do MPMG, a ação dos criminosos gerou uma reação em cadeia dos órgãos de segurança. Enquanto a Polícia Militar realizou prisões em flagrante, a Polícia Civil procedeu a investigação e o Ministério Público, através da 1ª Promotoria de Justiça de Lagoa da Prata, com auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Divinópolis, obteve informações que possibilitaram a identificação de todo o grupo criminoso.

Durante a operação, foram apreendidos arma de fogo e munições possivelmente utilizadas nos crimes, aparelhos celulares (incluindo o aparelho celular utilizado pelos presos em Francisco Sá), R$ 1.342 em dinheiro, porções de maconha, material de pesca e barracas (que foram roubados), um passaporte, e parte de outros bens levados das vítimas.

As investigações continuam.

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