Veja o que se sabe sobre o caso do policial reformado que atirou e matou homem em Montes Claros



A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar a morte de um homem, de 34 anos, em Montes Claros. O crime ocorreu no último sábado (7) em um posto de combustíveis. Segundo a polícia, Wadson Coelho Paulino foi atingido com três tiros disparados por um policial reformado.

O autor se apresentou na delegacia nesta segunda-feira (9), acompanhado de um advogado, e alegou ter agido em legítima defesa. Como não havia mais flagrante, ele prestou depoimento e foi liberado.

Onde aconteceu o crime?
O crime ocorreu no último sábado (7), em um posto de combustíveis, no bairro Cintra, a poucos metros do batalhão da Polícia Militar. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o policial atira em Wadson Coelho Paulino. Ele estava agachado e tenta correr, mas acaba sendo atingido.

O que o policial reformado disse à polícia?
Ao se apresentar na delegacia, o policial reformado disse que agiu em legítima defesa. Ele afirmou que atirou após Wadson Coelho Paulino fazer um movimento brusco no momento em que tentava abordá-lo.

“O autor confessa o crime e ter efetuado os disparos que causaram a morte da vítima, justificado o atentado como uma suposta legítima defesa, o que vai ser apurado efetivamente pela Polícia Civil através das imagens já colhidas no local, outras que já foram solicitadas nesta data e bem como pelos depoimentos das testemunhas que estavam presentes no momento do atentado”, explicou o delegado Bruno Rezende.

Qual seria a motivação do crime?
As informações preliminares da Polícia Civil apontam que o autor e a vítima não se conheciam. A motivação do crime pode estar relacionada com o volume de um som.

“O autor estaria com a esposa no local dos fatos e teria encontrado com essa vítima e amigos e teria havido uma discussão, supostamente eles não se conheciam", disse o delegado.

Quais os próximos passos da investigação?
A Polícia Civil vai analisar as imagens de câmeras de segurança e ouvir testemunhas. O inquérito tem 30 dias para ser concluído.

O que diz a defesa do suspeito?
Após a divulgação do vídeo, o advogado de defesa, Evaldo Melgaço de Oliveira, esclareceu que as imagens só mostram o desfecho do caso. Ele informou que as câmeras também registraram toda a discussão entre os dois, que durou muito tempo.

“Em obstante as imagens serem impactantes, elas só mostram o desfecho do caso. Todavia se você analisar com a técnica devida, ele não chegou atirando, mas chegou para enquadrar o Wadson. Ao fazer um movimento para poder se levantar, o meu cliente interpretou que ele iria sacar uma arma porque já havia ameaçado por ele anteriormente no início do entrevero que houve entre as partes. Houve essa situação antes, presenciada por dezenas de pessoas. Algumas das quais irão apresentar sua versão”, disse o advogado em entrevista à Inter TV.

O que diz a Polícia Militar?
Em nota, a Polícia Militar informou, na segunda-feira (9), que assim que houve o acionamento, as equipes do turno de serviço compareceram ao local do crime. Foram feitas diligências em busca do suspeito, mas ele não foi encontrado no dia da ocorrência. A PM esclareceu que a condução das investigações será da Polícia Civil porque a conduta do policial militar reformado não se enquadra em a crime de natureza militar.

"A Polícia Militar reafirma o seu compromisso institucional de trabalhar em respeito aos Direitos Humanos e Garantias Individuais, pautando sua ação dentro dos princípios da ética, da legalidade e da transparência", diz um trecho da nota.

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