Comemorar o quê no dia da mulher em Janaúba?
Soam como ironia as manifestações da prefeitura e da Câmara de vereadores de Janaúba realizadas nesta quinta-feira 8, em alusão ao Dia Mundial da Mulher.
Gracejos, mensagens, homenagens, festejos...
Mas... Janaúba está entregando o quê de política pública à mulher?
Na verdade a data representa uma série de acontecimentos que deram início a conquistas e valorização da mulher em várias partes do planeta.
Por exemplo, em 1908, 15 mil mulheres marcharam por Nova Iorque, nos Estados Unidos, demandando melhores pagamentos, melhores estruturas e menores jornadas de trabalho (o primeiro Dia da Mulher foi celebrado a 28 fevereiro de 1909.
Entretanto, por aqui, lá se foram 109 anos e parece que nada mudou, aliás, nos últimos meses a insatisfação das servidoras – para não sair do gênero feminino, está mais ouriçada.
Surgiram muitas reclamações por causa de falta de estrutura, por causa de jornada de trabalho, por questões salariais e por más condições de trabalho.
Ainda no campo do funcionalismo, pesam a incerteza da aposentadoria, a falta de diálogo, o desrespeito, enfim a valorização da categoria.
Outro fato que fortaleceu o movimento no mundo foi o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens. As condições da fábrica não eram das melhores, tinham materiais inflamáveis, ambiente apertado, sem saída de emergência, ausência de institores.
Coincidência lamentável, mas essas, além de outras manifestações foram as que deram origem ao Dia Mundial da Mulher.
Então, dadas as circunstâncias, Câmara e prefeitura têm clima para gracejos, mensagens, homenagens e festejos?
Quantas mães sofrem por causa da morte do seu filho, vítima da violência?
Ora! Ora! Ora! Primeiro, seria razoável fazer o básico.
Gracejos, mensagens, homenagens, festejos...
Mas... Janaúba está entregando o quê de política pública à mulher?
Na verdade a data representa uma série de acontecimentos que deram início a conquistas e valorização da mulher em várias partes do planeta.
Por exemplo, em 1908, 15 mil mulheres marcharam por Nova Iorque, nos Estados Unidos, demandando melhores pagamentos, melhores estruturas e menores jornadas de trabalho (o primeiro Dia da Mulher foi celebrado a 28 fevereiro de 1909.
Entretanto, por aqui, lá se foram 109 anos e parece que nada mudou, aliás, nos últimos meses a insatisfação das servidoras – para não sair do gênero feminino, está mais ouriçada.
Surgiram muitas reclamações por causa de falta de estrutura, por causa de jornada de trabalho, por questões salariais e por más condições de trabalho.
Ainda no campo do funcionalismo, pesam a incerteza da aposentadoria, a falta de diálogo, o desrespeito, enfim a valorização da categoria.
Outro fato que fortaleceu o movimento no mundo foi o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens. As condições da fábrica não eram das melhores, tinham materiais inflamáveis, ambiente apertado, sem saída de emergência, ausência de institores.
Coincidência lamentável, mas essas, além de outras manifestações foram as que deram origem ao Dia Mundial da Mulher.
Então, dadas as circunstâncias, Câmara e prefeitura têm clima para gracejos, mensagens, homenagens e festejos?
Por outro giro, quantas mães sofrem por falta de medicamentos para o filho, por um exame, por uma boa alimentação em sua mesa, por transporte escolar adequado? Quantas mães perdem sono por não enxergar um futuro para o filho?
Quantas mães sofrem por causa da morte do seu filho, vítima da violência?
Ora! Ora! Ora! Primeiro, seria razoável fazer o básico.
Ninguém é contra comemorações. Festejos fazem parte da vida, e devem entrar na agenda pública, mas fantasiar é maquiar é enganar. Aproveitar da situação é desrespeito, é desumano, é covardia.
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