Câmara de Nova Porteirinha aprova repasse anual de R$ 40 mil ao Asilo São Vicente de Paulo

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Reunião realizada no dia 11 de julho. Foto: Pablo de Mello. Em sessão realizada no último dia 11 de julho, a Câmara Municipal de Nova Porteirinha aprovou, em primeiro turno, o projeto de lei que autoriza o Executivo a realizar ajuda de custo anual no valor de R$ 40 mil ao Asilo São Vicente de Paulo, localizado em Janaúba. A iniciativa representa um avanço significativo na política de assistência social do município, especialmente no cuidado com os idosos. A aprovação contou com o apoio da maioria dos vereadores. Apenas dois parlamentares — Tereza do Social e Rona Cabeção — optaram por se abster. Os demais reconheceram a importância do projeto, destacando o impacto direto na vida de idosos de Nova Porteirinha, que hoje dependem da instituição sediada em Janaúba, já que o município ainda não conta com um abrigo próprio. Compromisso com os idosos O vereador Marcos Paulo, um dos principais defensores da proposta, destacou a relevância social da medida: “É um valor ainda modesto, mas repres...

Cego janaubense forma em Direito e quer ser primeiro juiz PCD, em Minas Gerais


(Por Girleno Alencar) O janaubense Clevison Rocha Santos, de 27 anos, se formou em Direito pela Universidade Estadual de Montes Claros, como a segunda pessoa portadora de deficiência visual nessa área no Norte de Minas, sendo antecedido apenas pelo advogado Rick Martins. A formatura ocorreu na quinta-feira passada, em solenidade realizada na OAB. Para Clevison, o diploma foi o primeiro passo do seu principal objetivo: fazer o concurso para juiz, e ser o primeiro magistrado cego de Minas Geras. No Brasil, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca foi o primeiro juiz cego. Ele que em 2014 acabou nomeado desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, no Paraná, perdeu a visão aos 23 anos quando fazia o terceiro período de Direito na tradicional Faculdade do Largo São Francisco, na Universidade de São Paulo (USP).

Na manha de quinta-feira (19) o novo bacharel em Direito Clevison Rocha explicou que perdeu a visão quando tinha dois anos, quando surgiu um tumor em sua cabeça, que retirou o oxigênio do nervo ótico. Estudou na escola Batista, de Janaúba, quando na época ficou conhecendo um deficiente visual que veio de Juiz de Fora e daí criaram a Associação dos Deficientes de Janaúba. Clevison veio morar em Montes Claros, onde passou a estudar na Escola Normal, aproveitando que ali tinha o Centro de Apoio ao Deficiente Visual, onde os textos são convertidos em braile. No ano de 2012, tentou seu primeiro vestibular, mas foi reprovado. Tentou no mesmo ano, quando ficou na lista de espera na cota de deficientes, mas acabou chamado.


O desejo de ser juiz, segundo ele, começou quando ele era ainda criança e espera alcançar esse objetivo. Por isso, a prioridade em estudar para os concursos. Um aspecto curioso: Clevison ele gravou todas as aulas do curso de Direito. Uma forma de ajudar nos estudos em casa. Ele Lamenta que a Unimontes, com toda pujança, não tenha profissionais para ajudar os portadores de deficiências visuais para, por exemplo, ler de ler o que o professor escreve no quadro. Mesmo assim, considera um avanço a criação do Núcleo de Inclusão (NUSI) que tem, desde o ano de 2015, um scanner de voz (que converte documentos impressos em áudio), doado pelo Lions Montes Claros Novorizonte e o Grupo Ortomontes.

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