Incêndio próximo ao aeroporto de Janaúba mobiliza bombeiros e acende alerta em plena estiagem

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Na tarde desta sexta-feira, 25 de julho, um incêndio de grandes proporções atingiu uma área de pastagem próxima ao aeroporto de Janaúba, no Norte de Minas Gerai s , exigindo uma rápida e coordenada ação do Corpo de Bombeiros Militar da cidade. O fogo consumiu cerca de três hectares de vegetação e se aproximava perigosamente da pista de pouso e decolagem, oferecendo riscos sérios à segurança das operações aéreas. Resposta rápida evitou consequências graves A guarnição do 7º Pelotão de Bombeiros foi imediatamente acionada e contou com o reforço de duas equipes da Prefeitura de Janaúba, que disponibilizaram caminhões-pipa para o combate às chamas. Foram utilizados abafadores, mangueiras e cerca de 5 mil litros de água para controlar o incêndio. Segundo os bombeiros, foram necessários aproximadamente 40 minutos de combate ininterrupto para debelar completamente o fogo e evitar que ele alcançasse a área operacional do aeroporto. “A rápida propagação das chamas, típica do período de estiagem...

VAZANTEIROS DO NORTE DE MINAS OCUPARÃO PARQUES AMBIENTAIS NO PROJETO JAÍBA

Os vazanteiros que moram em ilhas e em áreas as margens do rio São Francisco, no Norte de Minas, serão assentados em três parques ambientais criados na região de Jaíba, em terras que foram desapropriadas pelo Estado. O assunto foi discutido ontem, durante o Seminário Sobre Reconhecimento dos Direitos de Povos e Comunidades Tradicionais do Médio São Francisco, organizado pelo Núcleo Interdisciplinar de Investigação Socioambiental da Universidade Estadual de Montes Claros, com a participação do Ministério Público Federal e Estado.
O superintendente estadual do Serviço de Patrimônio da União, Rogério Veiga Aranha, anunciou que no caso dos parques ambientais criados no Projeto Jaíba, como compensação ambiental, observou-se que o Estado desapropriou as áreas de fazendeiros que se identificaram como donos das terras, mas na verdade, estavam com documentos falsificados, pois as áreas eram públicas. Ele lembra que várias famílias de vazanteiros, que herdaram estas tradições por gerações, foram retiradas dos terrenos e passaram a viver em dificuldades. Depois dos estudos antropológicos, o Governo Federal está retomando essas áreas e regularizando a situação fundiária.
O secretário estadual de Direitos Humanos e Cidadania, Nilmário Miranda, que participa do assunto, explica que depois de identificadas as áreas públicas, o Governo Federal pediu a ajuda do Ministério Público Federal para através de ação de reintegração, assentar os vazanteiros, gerazeiros, quilombolas e indígenas nesses terrenos. Miranda explica que uma situação especifica é dos Remanescentes Indígenas Xacriabás, que forma a maior etnia indígena de Minas Gerais e passam por problemas estruturais. Ele estará nomeando um assessor indígena para sua pasta, visando criar uma prioridade para o segmento.
O vazanteiro José Antônio da Silva, de 58 anos e residindo na comunidade de Pau Preto, em Matias Cardoso, participou do Seminário, em Montes Claros, na esperança de resolver sua situação. Ele reside em área de 12 hectares, onde planta milho, feijão e abóbora, mas somente teve prejuízos por causa da seca. Perdeu toda fonte de renda e não passa por maiores dificuldades por que sua esposa Ana Bezerra da Silva passou a receber a aposentadoria. Sua lamentação é que nos 56 anos de vida na vazante do rio São Francisco, acabou sendo empurrado das suas terras pelos fazendeiros e agora pelo Parque Estadual Verde Grande. Recebeu a notícia de que poderá atuar na área, produzindo de forma sustentável e isso o alivia.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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