Goleiro Bruno está impedido de acompanhar os jogos da Copa
Penitenciária de Francisco Sá onde Bruno cumpre pena |
A defesa composta pelos advogados Francisco Simim, Wallace Simin e Tiago Lenoir pretende entrar com um novo pedido para que o jogador tenha direito ao trabalho externo ainda este ano, mesmo cumprindo a pena em regime fechado. O último no início deste mês foi negado, sob alegação de falta de segurança para o cumprimento.
- Não estamos pedindo um favor. Nos baseamos na lei para a requisição deste direito, assim como foi concedido ao ex-senador José Dirceu. Basta o juiz ser legalista. A Lei prevê esta condição - afirma o advogado Francisco Simin.
Os advogados do goleiro fizeram a primeira visita ao cliente nesta quinta-feira (26) depois de sua de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais. O encontro durou cerca de 40 minutos.
Ville Mocellin, presidente do Montes Claros FC, time com quem Bruno assinou contrato, também esteve na portaria da Penitenciária e diz estar disposto a levar o time para treinar em Francisco Sá, para facilitar o acesso de Bruno, assim que conseguir autorização.
- Faremos o possível para que o jogador se recupere fisicamente e socialmente - afirma Mocelin que não teve acesso ao interior da Penitenciária.
Ainda de acordo com o advogado de defesa, a esposa de Bruno, Ingrid Calheiros, está ainda no Rio de Janeiro onde cumpre agenda de trabalho, mas deve se mudar para a Montes Claros, que fica a 55 km de Francisco Sá, na próxima semana. Ingrid já possui um imóvel alugado na cidade e o advogado acredita que ela poderá exercer a profissão de dentista. Os advogados de defesa informaram também que farão um novo pedido de exame de DNA, visto que o goleiro nunca colheu material para comprovar a paternidade de Bruninho, filho de Eliza Samudio.
Entenda o caso
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas, em março de 2013, a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Comentários
Postar um comentário