60 mil sacas de feijão desaparecem em Paracatu

Casemg era comandada, à época,
por Glycon Terra Júnior,
que nega irregularidades

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, abriu, na última quarta-feira (10), investigação para a apurar o desaparecimento de parte de 60 mil sacas de feijão da Companhia de Armazéns e Silos de Minas Gerais (Casemg) em 2010. O alimento, que pertence à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estava sob responsabilidade da superintendência da Casemg, em Paracatu, Noroeste de Minas.
Uma comissão formada por técnicos da corregedoria-geral da União, da superintendência da pasta em Minas e da Conab foi enviada a Paracatu para apurar o caso. O relatório da apuração feita pelo ministério será encaminhado ao Ministério Público Federal em Minas.

Denúncia
Segundo portaria publicada, na última quarta-feira (10), pelo ministro no ‘Diário Oficial da União’, a investigação partiu de denúncias anônimas feitas em 2010. Ele pede ainda ressarcimento dos cofres públicos e “aplicação das penalidades cabíveis”.
À época, o diretor-presidente da Casemg era o ex-deputado federal Glycon Terra Júnior (PMDB).
Procurado, o atual presidente da Casemg, Márcio Cunha, encaminhou a demanda ao coordenador jurídico da companhia, Mauro Manzali.
O advogado não quis comentar o conteúdo das denúncias, mas confirmou que a comissão nomeada pelo ministério iniciou os trabalhos no município.
“O que posso informar é que uma parte do feijão estocado na Casemg de Paracatu desapareceu. Mas ainda não temos relatórios conclusivos do trabalho da comissão. Por isso, não posso adiantar nada”, declarou Manzali.

60 mil sacas
O Hoje em Dia entrou em contato com o responsável pela unidade da Casemg em Paracatu, Décio Shigihara, no cargo desde 2010.
“A comissão está levantando as informações”, confirmou ele, que negou irregularidades.
“O que aconteceu é que fizeram uma denúncia, mas está tudo certo. Foram 60 mil sacas da Conab que eles acharam que pessoas daqui estavam subtraindo, mas até sobrou feijão. Está aqui o resto”, argumentou Décio. De acordo com ele, parte do feijão seria leiloado para empresas.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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