Ex-secretário João Ferro se defende de acusações e afirma que foi preso injustamente

João Ferro (ao centro), acompanhado de defensores, afirma que foi preso injustamente, pois nas escutas telefônicas ele trata de negócios particulares, nos quais não se pode observar ilícito penal algum
(Gazeta do Norte) O ex-secretário de Serviços Urbanos (SSU) de Montes Claros, preso na operação “Laranja com Pequi” e liberado recentemente, em coletiva com a imprensa ontem à tarde, se defendeu das acusações feitas contra ele pelas investigações realizadas pela Polícia Federal. João Ferro ficou preso por 10 dias e também é acusado de se envolver em um esquema com o vereador Athos Mameluque, ainda na ‘operação’ da PF.
“Considero-me injustiçado”, iniciou João Ferro. Ele esclareceu que, apesar de ter sido secretário, sempre foi corretor de imóveis, e que as acusações estariam ligadas a sua vida particular, não com sua função ou cargo público.
“Não conheço nenhum diretor dessa empresa, não tenho ligação alguma com esse grupo. Ofereci meu sigilo fiscal e bancário para a polícia e nada tenho a temer”, diz.
Ferro afirma também que nunca teve ligação nem mesmo com funcionários da empresa, muito menos teria participado de licitações envolvendo a Stillus, não tendo participado de esquema algum.
Questionado sobre o porquê de seu envolvimento como investigado na ‘operação’, João Ferro garantiu que também desconhece o motivo, já que na verdade nada tem a ver com o caso. “Minha secretaria nada tem a ver com a investigação sobre merenda, pois isso está ligado à secretaria de Educação. Eles misturaram minha pessoa de secretário com a minha vida de corretor, que é como estava nas ligações rastreadas, agindo como corretor de imóveis em negócios particulares”, pontua.
“O que foi passado para a imprensa foram trechos de uma conversa do ex-secretário de cunho particular, sem nenhum interesse público. São trechos isolados, sem qualquer coisa que comprove um ato ilícito penal contra ele. A forma como as informações são passadas levam a um juízo social de condenação de João Ferro sem o devido processo legal, o que nada tem de justo”, defende Erick Rodrigues, advogado do acusado.
João Ferro revela que, na ligação, se ouvida por completo, pede dinheiro emprestado e oferece um cheque, na condição de amigo, tratando-se de negócio pessoal, nada relacionado à esfera pública. “Até o telefone que foi grampeado é o meu telefone particular, pois sempre separei bem as coisas”, afirma.
“A prisão foi uma péssima experiência, apesar de ser tratado dentro das normas do presídio, um inocente nunca poderia se sentir bem pagando por um erro que não cometeu”, conclui.

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