Espinosa: Justiça bloqueia R$ 2,6 milhões em bens e valores na operação Vox Vacua


A cidade de Espinosa, no Norte de Minas Gerais, voltou a ser destaque após a conclusão da primeira fase da operação Vox Vacua, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). As investigações resultaram no indiciamento de sete pessoas e no bloqueio de R$ 2,6 milhões em contas e bens vinculados aos suspeitos.

Estrutura criminosa
De acordo com o inquérito, o grupo criminoso era formado por três homens, entre 27 e 33 anos, apontados como líderes responsáveis pela coordenação jurídica, financeira e logística, além de quatro mulheres, entre 22 e 30 anos, que atuavam no suporte operacional e na movimentação bancária. Entre as funções atribuídas às investigadas estavam a abertura de contas fraudulentas, a manipulação de benefícios previdenciários e a gestão de transações ilícitas.

As apurações revelaram um esquema sofisticado de fraudes contra idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade. O grupo se apropriava de dados pessoais e bancários das vítimas para realizar empréstimos não autorizados, efetuar portabilidades fraudulentas de benefícios e movimentar recursos com a finalidade de ocultar a origem ilícita do dinheiro.

Segundo o delegado Eujécio Coutrim, responsável pela operação, o grupo utilizava empresas de fachada e “laranjas” para movimentar os valores, além de cadastrar celulares que não pertenciam às vítimas, criando acessos bancários com senhas e autenticações biométricas falsas.

Lavagem de dinheiro e bloqueio milionário
Um relatório técnico do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da PCMG (LABDL) identificou movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada dos investigados, reforçando os indícios da prática de lavagem de dinheiro.

Com base nas provas, a Justiça determinou o sequestro de bens ligados aos suspeitos, incluindo veículos de luxo, caminhonetes, caminhões, motocicletas, uma moto aquática e uma carretinha, além do bloqueio de valores em contas bancárias, que somam R$ 2,6 milhões.

Próximos passos
O inquérito referente à primeira fase já foi encaminhado à Justiça. No entanto, a Polícia Civil instaurou um novo procedimento investigativo para aprofundar a apuração sobre a lavagem de dinheiro e identificar possíveis novos envolvidos no esquema.

Com o bloqueio milionário e a apreensão dos bens, a operação Vox Vacua representa um marco na repressão a crimes financeiros em Espinosa e reforça a atuação da PCMG no combate a golpes que atingem, principalmente, idosos e pessoas em situação de fragilidade social.

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