São João do Paraíso: Foragido da Justiça condenado por estupro de vulnerável é preso nos Estados Unidos



(Por Rafaela Mansur e Raquel Freitas, g1 Minas) Um homem foragido da Justiça mineira foi preso nos Estados Unidos. Ele tinha sido condenado pelo crime de estupro de vulnerável, em São João do Paraíso, no Norte de Minas, e tinha um mandado de prisão em aberto.

De acordo com um boletim do ICE, departamento de imigração e alfândega norte-americano, Vagner Brito Paixão foi preso em Somerville, no estado do Massachusetts, em 25 de maio.

"Predadores de crianças condenados como Brito Paixão não podem usar os Estados Unidos para se esconder e evitar cumprir pena de prisão", disse o diretor interino do órgão responsável pela detenção de cidadãos em situação imigratória irregular em Boston, LaDeon Francis.
Segundo o ICE, Vagner Paixão entrou nos Estados Unidos em março de 2018, com um visto de turismo que o autorizava a ficar no país até setembro do mesmo ano.

Em fevereiro de 2019, os serviços de imigração aprovaram um pedido do homem para extensão do visto até 14 de março de 2019. No entanto, ele permaneceu nos Estados Unidos depois dessa data, sem autorização. O visto foi revogado em junho de 2021.

Vagner será mantido sob custódia nos Estados Unidos até ser deportado para o Brasil. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a prisão ainda não foi comunicada oficialmente ao Judiciário.

O g1 Minas perguntou ao Ministério das Relações Exteriores se a pasta acompanha o caso e aguarda retorno.

Crime em Minas
Em julho de 2010, a Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito para apurar o crime de estupro de vulnerável que teria sido cometido por Vagner Brito Paixão, em São João do Paraíso.

Ele foi indiciado, e o inquérito, remetido em outubro do mesmo ano à Justiça.

Segundo informações do processo judicial, o homem foi condenado a 14 anos e 10 meses de prisão – inicialmente em regime fechado – por estupro de vulnerável, que consiste em ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos, por 13 vezes. No entanto, após recurso, a pena foi reduzida para 13 anos e 4 meses.

A defesa de Vagner chegou a solicitar a suspensão do mandado de prisão à Justiça, alegando que ele é ex-militar e que a prisão constituiria "sentença de morte", mas o poder judiciário negou o pedido.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), não há registro de passagens do condenado pelas unidades administradas pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais.

O g1 Minas não conseguiu contato com a defesa dele.

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