Matias Cardoso: Rapaz morre após encostar em um fio de alta tensão às margens de um canal de irrigação

Segundo testemunhas, fio muito baixo teria provocado o choque

(G1) Um rapaz de 27 anos morreu nessa quarta-feira (27) após encostar em um fio de alta tensão de um poste da Cemig às margens de um canal de irrigação do Projeto Jaíba, na zona rural de Matias Cardoso, no Norte de Minas. O irmão da vítima explicou ao G1 que eles tinham terminado o trabalho de diarista em uma plantação de manga e que foram ao canal para lavar as mãos. No local, Márcio Rodrigues Silva encostou a cabeça no fio que estava próximo à água do córrego.

"A gente tinha acabado de terminar o trabalho de poda dos brotos e fomos lavar as mãos. Ele ainda me disse do fio e eu falei para ele ter cuidado. Em seguida, eu ouvi as pessoas dizerem que meu irmão estava passando mal. Quando tentamos socorrê-lo também levamos choque. Ele levou choque por mais de duas vezes quando encostou a cabeça no fio", explicou o irmão mais novo, de 22, que pediu para não ser identificado.

O Samu informou que Márcio Rodrigues sofreu queimaduras de terceiro grau na face e que os socorristas interceptaram o carro que levava o rapaz ao hospital; foram feitas manobras de ressuscitação, mas a vítima não resistiu aos ferimentos.

O advogado da fazenda onde a vítima trabalhava no dia do acidente explicou que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e que anteriormente ao acidente já havia notificado à Cemig sobre a situação do fio às margens do canal. Dois funcionários da fazenda também sofreram descarga elétrica porque encostaram na vítima para tentar socorrê-la.

“Os dois funcionários também foram socorridos; um deles já teve alta e o outro está internado em observação. Sentimos muito pela fatalidade e providenciamos todo o apoio à família, incluindo os custos da funerária e o que mais eles precisarem. Neste momento, priorizamos o apoio à família e aos funcionários”, disse o advogado, Deivison Fabio.

A fazenda tem um quadro de 130 funcionários e não confirmou o vínculo empregatício com a vítima. O G1 fez contato com a Cemig para saber sobre a segurança do local, mas até essa publicação não havia recebido retorno.