Após expulsão de famílias de casas, PC prende traficantes no Norte de MG
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Oito pessoas foram presas durante operação (Foto: Thiago França / Inter TV) |
O delegado Daniel Botelho, que coordenou a investigação, explica que suspeitou de uma ocorrência envolvendo uma família, que teve a residência invadida e foi forçada a sair de um residencial. O grupo de pessoas que entrou no imóvel estava armado e fez ameaças aos moradores, que tiveram que deixar o lugar.
“Notamos que havia algo de errado, principalmente por causa da violência. Suspeitamos que não se tratava apenas de uma expulsão e começamos a investigar, assim identificamos o grupo e o vínculo dos integrantes com o tráfico”, explica o delegado.
Segundo Daniel Botelho, antes da expulsão, uma das pessoas da família foi abordada algumas vezes pelos investigados. Sem saber o motivo e com medo, procurou por ajuda. As pessoas que moravam na casa não possuem envolvimento com tráfico.
“Quem se opunha as atividades criminosas, era colocado para fora para não atrapalhar. Quando a polícia era acionada esses moradores sofriam sanções, a intenção era impedir que a polícia estivesse no local e atrapalhasse as atividades ilícitas do grupo”, fala.
O delegado destaca ainda que há relatos de que outras famílias também deixaram o lugar após ameaças. “Eles buscavam entorpecentes em Minas Gerais e em outros estados. Em Montes Claros, realizavam a distribuição, comercializando para usuários e também para quem revendia as substâncias”, esclarece Botelho.
De acordo com a investigação, a droga comercializada não era armazenada dentro da casa dos integrantes do grupo. Para dificultar a ação da polícia, a substância era guardada no meio do mato, por exemplo.
Preso tinha projeto de futebol
Segundo as investigações, um dos presos é coordenador de um projeto de futebol na área do residencial onde as famílias moravam.
“Ele atuava repassando informações, ao perceber a presença da polícia na área, avisava. Geralmente, as ações eram frustradas, quando a polícia chegava eles [traficantes] não eram mais localizados”.
O projeto é vinculado ao Montes Claros Futebol Clube. Em nota, a diretoria do clube afirmou que o homem preso não é monitor e não tem vínculo com a escolinha.
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