Pesquisa com umbu ajuda na economia do Norte de Minas
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) desenvolveu metodologia que auxilia produtores de umbu a comercializar o fruto. Por meio do enxerto, os pesquisadores desenvolveram frutos de maior proporção, qualidade e com sabor mais concentrado para serem consumidos in natura ou para a fabricação de sucos, compotas, poupas e sorvetes.
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Epamig em Nova Porteirinha, Nívio Poubel Gonçalves, explica que o cultivo das mudas tem duas formas: a enxertia e estaca. No processo de enxertia, a muda é introduzida em outra planta e tem a função de fornecer as melhores características aos frutos. A planta receptora (porta-enxerto) é responsável pelo suporte e pelo abastecimento de água e nutrientes. Na estaca, corta-se o galho do umbu. Este é plantado no solo, fazendo assim brotar. Mas esta metodologia é menos tolerante à seca.
O processo de enxertia a faz a planta produzir mais rapidamente, diz o engenheiro da Emater-MG. “O umbuzeiro normal leva cerca de dez anos para começar a produzir, os frutos não possuem tanta qualidade e ainda são pequenos. Já a planta enxertada passa a produzir em aproximadamente 4 a 5 anos, com frutos maiores e mais saborosos”, enfatiza Poubel.
Os frutos normais têm diâmetro pequeno e peso de aproximadamente 20g. Já os enxertados são bem maiores, mais saborosos e pesam aproximadamente 150g. As primeiras mudas foram doadas para os produtores. A venda do umbu, que antes servia como complemento da renda de alguns agricultores, passou a ser essencial para o sustento.
É o caso de Pedro Nogueira, 53 anos, agricultor tem Nova Porteirinha. Ele tinha mais lucro com a venda do leite, já que os umbuzeiros da fazenda demoravam a dar frutos. Após adquirir as mudas da Epamig, a produção aumentou em 90%.
“No segundo ano a produção aumentou demais e atualmente o umbu garante cerca de 70% da minha renda. Vendemos a fruta e a poupa para São Paulo e futuramente pretendo montar uma cooperativa para comercializar no sul da Bahia”, comemora.
Hoje a Epamig mantém um jardim clonal, onde são armazenadas as mudas. Para cada matriz de umbuzeiro são selecionadas 12 mudas enxertadas. O jardim é ampliado à medida que são encontrados materiais com características desejáveis. Atualmente, os engenheiros agrônomos da Epamig prestam consultoria técnica a produtores interessados na preservação ou cultivo desta fruteira.
Sobre a pesquisa
A pesquisa teve início em 1995 com a procura de umbuzeiros que tivessem frutos maiores e de qualidade. Foram identificadas 30 árvores que atendiam às características. O passo seguinte foi definir as técnicas que os produtores utilizavam para a multiplicação das árvores e recolher mudas para a enxertagem. Os estudos terminaram em 2002. Mudas e sementes que foram distribuídas na comunidade agora são vendidas.
Você conhece umbu?
O umbuzeiro tem origem na caatinga. O fruto tem característica ácida e sua forma assemelha-se à de uma ameixa. A planta possui raízes com grande concentração de batatas, que armazenam grande quantidade de água e a faz resistir em regiões secas.
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Epamig em Nova Porteirinha, Nívio Poubel Gonçalves, explica que o cultivo das mudas tem duas formas: a enxertia e estaca. No processo de enxertia, a muda é introduzida em outra planta e tem a função de fornecer as melhores características aos frutos. A planta receptora (porta-enxerto) é responsável pelo suporte e pelo abastecimento de água e nutrientes. Na estaca, corta-se o galho do umbu. Este é plantado no solo, fazendo assim brotar. Mas esta metodologia é menos tolerante à seca.
O processo de enxertia a faz a planta produzir mais rapidamente, diz o engenheiro da Emater-MG. “O umbuzeiro normal leva cerca de dez anos para começar a produzir, os frutos não possuem tanta qualidade e ainda são pequenos. Já a planta enxertada passa a produzir em aproximadamente 4 a 5 anos, com frutos maiores e mais saborosos”, enfatiza Poubel.
Os frutos normais têm diâmetro pequeno e peso de aproximadamente 20g. Já os enxertados são bem maiores, mais saborosos e pesam aproximadamente 150g. As primeiras mudas foram doadas para os produtores. A venda do umbu, que antes servia como complemento da renda de alguns agricultores, passou a ser essencial para o sustento.
É o caso de Pedro Nogueira, 53 anos, agricultor tem Nova Porteirinha. Ele tinha mais lucro com a venda do leite, já que os umbuzeiros da fazenda demoravam a dar frutos. Após adquirir as mudas da Epamig, a produção aumentou em 90%.
“No segundo ano a produção aumentou demais e atualmente o umbu garante cerca de 70% da minha renda. Vendemos a fruta e a poupa para São Paulo e futuramente pretendo montar uma cooperativa para comercializar no sul da Bahia”, comemora.
Hoje a Epamig mantém um jardim clonal, onde são armazenadas as mudas. Para cada matriz de umbuzeiro são selecionadas 12 mudas enxertadas. O jardim é ampliado à medida que são encontrados materiais com características desejáveis. Atualmente, os engenheiros agrônomos da Epamig prestam consultoria técnica a produtores interessados na preservação ou cultivo desta fruteira.
Sobre a pesquisa
A pesquisa teve início em 1995 com a procura de umbuzeiros que tivessem frutos maiores e de qualidade. Foram identificadas 30 árvores que atendiam às características. O passo seguinte foi definir as técnicas que os produtores utilizavam para a multiplicação das árvores e recolher mudas para a enxertagem. Os estudos terminaram em 2002. Mudas e sementes que foram distribuídas na comunidade agora são vendidas.
Você conhece umbu?
O umbuzeiro tem origem na caatinga. O fruto tem característica ácida e sua forma assemelha-se à de uma ameixa. A planta possui raízes com grande concentração de batatas, que armazenam grande quantidade de água e a faz resistir em regiões secas.
Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com
Fonte: Agência Minas
Fonte: Agência Minas
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