Tragédia na MG-403 em São João da Ponte: homem é encontrado morto após carro capotar e mistério envolve dinâmica do acidente

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Uma madrugada marcada por mistério, destruição e morte. Assim foi o cenário encontrado por equipes da Polícia Militar na MG-403, em São João da Ponte, neste domingo (23), após um grave capotamento que tirou a vida de um homem de 33 anos — identificado mais tarde como Lucinei da Cruz Cordeiro, morador da própria cidade. O carro, completamente destruído, foi encontrado fora da pista, na altura do km 2. O que mais chamou a atenção dos policiais ao chegarem foi o fato de que Lucinei estava no banco do passageiro, já sem vida. A equipe do SAMU, acionada imediatamente, apenas confirmou o óbito. A cena levantou dúvidas e despertou ainda mais tensão: ele era realmente o condutor ou havia outra pessoa no veículo no momento do capotamento? De acordo com a PM, não foi possível determinar se Lucinei dirigia, mas nenhuma outra pessoa foi encontrada nas proximidades — aumentando o enigma sobre o que realmente aconteceu antes do carro sair da pista e capotar violentamente. Sem qualquer documento com ...

Justiça de Janaúba prorroga prisão de 12 suspeitos de fraudes milionárias no seguro DPVAT

Na operação em MG, foram presos policiais civis,
delegado e um policial militar
(Por João Henrique do Vale) A Justiça de Janaúba prorrogou a prisão temporária de 12 pessoas suspeitas de aplicar fraudes milionárias no Seguro DPVAT. Elas foram presas junto com outros 28 alvos, entre eles, policiais civis e militares, médicos, advogados e empresários, durante operação da Polícia Federal (PF) na última segunda-feira. Segundo as investigações, o esquema pode ter dado um prejuízo maior que R$ 28 milhões em um ano somente no Norte de Minas. No Brasil todo, a estimativa que a quadrilha lucrou aproximadamente R$ 1 bilhão.
A decisão da Justiça foi proferida nessa sexta-feira. O juiz Ériton José Santana Magalhães decidiu prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária dos 12 suspeitos. O juiz de Montes Claros já tinha negado o pedido de prorrogação feito pela PF contra outros 28 presos, que acabaram soltos. Na próxima semana, agentes da corporação devem entrar com o pedido para converter as prisões dos líderes da organização de temporária para preventiva.
O seguro DPVAT garante indenização à vítima do acidente ou ao seu beneficiário. Em caso de morte ou invalidez, os familiares ou a vítima recebem, atualmente, R$ 13,5 mil. A pessoa ferida recebe R$ 2,7 mil para reembolso de despesas hospitalares. O benefício é administrado pela Seguradora Líder dos Consórcios, que também foi alvo da operação. Segundo as investigações, a quadrilha, dividida em cinco núcleos, aproveitava a fragilidade do sistema para aplicar os golpes. 
Os criminosos ajuizavam ações judiciais por escritórios de advocacia sem o conhecimento e autorização da vítima. Para isso, assinaturas e declaração de residência eram falsificadas. Outro modo era o ajuizamento de ações simultâneas em comarcas distintas sem relação com o local do acidente e sem o conhecimento das vítimas e outra modalidade era o pagamento da seguradora antes mesmo da homologação do acordo e diretamente aos advogados das supostas autoras da ação. Também foi identificado o pagamento mesmo depois de ser negada a homologação. 
Outras estratégias tinham a participação de policiais civis e militares. As indenizações eram pagas por meio de boletins de ocorrência falsificados ou por laudos médicos e periciais de fisioterapeutas irregulares. Até mesmo sinistros que não eram acidentes eram usados para receber o benefício. Segundo a PF, foi identificada a transferência de lesões corporais com base na Lei Maria da Penha, acidentes domésticos, lesões em jogo de futebol e brigas de bares, para ocorrências de trânsito. 
Em Montes Claros, no Norte de Minas, um dos municípios onde a organização criminosa agia, uma das primeiras denúncias sobre o caso foi feita pelo juiz Danilo Campos, da 5ª Vara Cível da cidade. Ele encaminhou uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal, solicitando a apuração do suposto esquema ao perceber o aumento significativo de ações na Justiça para recebimento do seguro. Somente no município, foram identificadas 10 mil ações contra a Seguradora Líder e associadas. 
Ainda segundo o magistrado, havia indícios evidentes de simulação de lesão com danos às vítimas. Com isso, os suspeitos recebiam o valor do seguro por meio de pedidos protocolados por advogados na cidade. Conforme a denúncia do juiz, a maioria das ações tinha um laudo com a assinatura do mesmo médico. Além disso, agentes de seguradoras e advogados captavam pessoas vítimas de acidentes em hospitais.

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