"Errei demais", diz adolescente que matou namorada com golpes de canivete
Amiga diz que adolescente batia na namorada de chinelo |
— Eu perguntei a todo momento [se havia sido traído] e ela falava que não. Nós fomos para o lote vago e eu perguntei de novo. Ela disse que tinha ficado com um menino e ficava de novo. No momento da raiva eu dei uma facada no abdome dela e depois cortei o pescoço. Errei demais. Acabei não só com a família dela mas com a minha vida também.
No velório de Joelma colegas fizeram orações e cantaram em homenagem à garota. Uma amiga que preferiu não ter o nome revelado diz que o casal namorava havia quatro anos e o relacionamento era muito conturbado.
— Ele sempre a ameaçou. Já bateu nela de chinelo, puxava o cabelo dela e já colocou um pit bull para dar uma mordida no pescoço dela. Ela chegava na minha casa e falava que era ameaçada mas que não era para eu contar para a família dela.
Um dos irmãos da menina, Juliano Lopes, chegou a ser ameaçado pelo adolescente com um punhal quando contou à vítima que o namorado a traía. Leandro Lopes, outro irmão da garota, presenciou os últimos segundos de vida de Joelma.
— Eu estava saindo de casa e ela veio correndo e chorando com uma roupa branca da escola toda suja de sangue. Ela me reconheceu, me abraçou e falou "pelo amor de Deus, me salva". Abaixou a cabeça e morreu nos meus braços.
Depois do crime, o jovem fugiu de bicicleta e só foi encontrado pela polícia há 3 km do local do homicídio, numa ilha do rio São Francisco onde sua família tem um imóvel. Ele estava tentando fugir do flagrante aconselhado pelo pai.
D.R.S não tinha passagem pela polícia. O único registro com seu nome é um boletim de ocorrência feito pela vítima no fim de março quando o namorado quebrou seu celular e a menina procurou os militares.
O garoto completa 18 anos em outubro deste ano e está à disposição do Ministério Público.
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