Natural de Salinas, morte de influenciador causa comoção e levanta questionamentos sobre possível complicação estética em São Paulo

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A morte de um jovem influenciador digital, natural de Salinas, no Norte de Minas Gerais, tem gerado grande repercussão nas redes sociais e despertado uma onda de comoção entre amigos, seguidores e conterrâneos. O criador de conteúdo, que atualmente vivia em São Paulo, era conhecido por seu estilo de vida saudável e pela rotina intensa de treinos em academias, transmitida diariamente a milhares de seguidores. A notícia do falecimento, ocorrida recentemente, pegou todos de surpresa. A causa da morte ainda não foi oficialmente confirmada, mas desde o anúncio, diversas especulações surgiram nas redes sociais. Repercussão nas redes Na manhã deste sábado (4), o jornalista mineiro Fredi Mendes, amigo próximo do influenciador, publicou uma mensagem impactante em suas redes sociais. Conhecido por seu estilo direto e por abordar temas delicados sem rodeios, Mendes mencionou a possibilidade de que o falecimento esteja relacionado a complicações decorrentes de um procedimento estético realizado pe...

Em Jaíba, primeiros fósseis pré-cambrianos da América do Sul são encontrados

Pesquisador Marcos Baptista no afloramento em Minas Gerais na cidade de Jaíba (Foto: Divulgação)
Pesquisador Marcos Baptista no afloramento em Minas Gerais na cidade de Jaíba


 

 

A primeira descoberta de fósseis relacionados à Biota de Ediacara na América do Sul aconteceu na região norte de Minas Gerais, no município de Jaíba. Segundo o pesquisador Marcos Baptista, que trabalha para o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) e detalha a descoberta em sua tese de doutorado, os fósseis são registros de um período que ocorreu há mais de meio bilhão de anos, quando surgiram os primeiros organismos macroscópicos complexos e com simetria bilateral (ou seja, com metades simétricas) em nosso planeta.

Os fósseis encontrados se apresentam como "impressões" em rochas calcárias, com poucos centímetros. A descoberta possivelmente representa organismos semelhantes aos encontrados na conhecida Biota de Ediacara. Esse ecossistema pré-histórico foi descoberto no sul da Austrália durante a década de 1940, revelando que a vida não se restringia a organismos microscópicos no período pré-cambriano. Nessa época, já existiam seres de estrutura complexa e não esqueletais, isto é, de corpo mole e simetria bilateral.

"As estruturas chamam muito a atenção, pois não se parecem com estruturas que normalmente vemos nestes tipos de rocha. Elas foram identificadas durante um trabalho rotineiro de mapeamento geológico", explica o cientista, em nota enviada à imprensa pela assessoria de comunicação do Serviço Geológico do Brasil.

Não se sabe se as espécies eram de animais móveis, mas a possibilidade não pode ser descartada. "A presença destes fósseis fornecerá informações a respeito da idade destas rochas e do paleoambiente onde foram geradas. Os fósseis agregam informações sobre as sequências geológicas nas quais os recursos minerais podem ser encontrados", diz Marcos Baptista.

A bacia do São Francisco, onde os fósseis estão inseridos, é alvo de pesquisa de gás, fosfato e outros recursos minerais. "As informações baseadas na análise dos fósseis constituem uma ferramenta fundamental para compreensão da evolução das bacias e das mudanças ambientais que ocorrem durante este processo", afirma o pesquisador.

Ele explica que o estudo também permite as correlações com outras bacias proterozóicas no mundo e um melhor entendimento global de suas conexões no tempo geológico. "Estamos relacionando os fósseis identificados com ocorrências na Austrália e na Rússia. O fato é que as estruturas observadas são semelhantes às observadas nestes lugares. Mas ainda é cedo para afirmar", diz.

A pesquisa está inserida no projeto do SGB-CPRM de Estudos Geotectônicos e Geodinâmicos da Bacia do São Francisco, Neoproterozóico do Cráton do São Francisco, que pretende contribuir para o entendimento da evolução da bacia, baseado na análise dos fósseis.

A tese de Marcos, defendida na Universidade de Brasília (UnB), envolveu, além da equipe do Laboratório de Paleontologia da UnB, os geólogos Rodrigo Adorno, Denise Canabrava e Shuahai Xiao, cientista da Virginia Tech (EUA). A pesquisa contou com o apoio da CAPES, por meio do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt).
 

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