Captação clandestina de água em Janaúba e Nova Porteirinha compromete setor de irrigação
![]() |
Como é. Todos os usuários que captam diretamente dos cursos d’água superficiais ou subterrâneos têm que se cadastrar no Igam. |
Mas isso não quer dizer que vão pagar. Só quem consome mais de um litro por segundo tem que pagar pelo uso. O valor varia de acordo com a política estabelecida pelo comitê da bacia hidrográfica correspondente. Quem consome abaixo desse volume tem que se cadastrar, mas não precisa pagar, porque o uso é considerado “insignificante”.
Segundo a diretora geral do Igam, Marília Melo, o levantamento faz parte da campanha “Água: Faça Uso Legal”, que, além de cadastrar esses usuários, pretende regularizar a situação deles. A região Sul do Estado é a que tem o maior número de usuários que não atendem às exigências do órgão ambiental: cerca de 88 mil. O Noroeste, com 9.000 irregulares, tem a menor estatística.
O presidente da Associação dos Produtores Irrigantes da Margem Esquerda do Rio Gorutuba (Assieg), Oscar Magário, afirma que a entidade já entregou “nas mãos do Igam” um relatório identificando 34 pontos clandestinos de captação de água entre Janaúba e Nova Porteirinha, no Norte de Minas Gerais. “A Assieg contratou a consultoria e entregou tudo nas mãos deles, mas a resposta foi que, infelizmente, o Igam não tinha gente suficiente para fiscalizar”, reclama ele.
Em meio à prolongada estiagem – que já é considerada a segunda pior seca da história na bacia do São Francisco, de acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica (CBHSF), – o Igam deve intensificar a regularização desses usuários. O órgão diz que faz esse trabalho desde 2011. Os usuários regularizados, que captam água com autorização do Igam, são 8.451 desde 2011, segundo o instituto. (Com Queila Ariadne)
Consumo
Média. A ONU indica que 110 litros de água por dia são suficientes para uma pessoa. No Brasil, o consumo médio per capita dos últimos três anos foi de 152,6 litros, segundo o Ministério das Cidades.
Comentários
Postar um comentário