Frigorífico Kaiowa, em Janaúba, voltará a funcionar em 60 dias
Maior parte da produção do frigorífico seguirá para outros países |
De acordo com Vilela Queiroz, o frigorífico será reativado com o abate inicial de cerca de 200 a 300 cabeças de bovinos por dia. Mas, a meta é chegar a 700 animais diariamente, aproveitando a capacidade de abate de 800 cabeças diárias. “Inicialmente, vamos tomar pé da situação. Sabemos que, de imediato, temos que contar com a ajuda da Cemig. Já nos reunimos com a companhia porque precisamos de muita energia no frigorífico. Em 60 dias devemos estar em pleno funcionamento”, afirmou Ibar Queiroz. Serão gerados 400 empregos. Segundo ele, 80% da produção de carne do frigorífico de Janaúba será destinada à exportação, especialmente para a Europa e Oriente Médio.
A holding Minerva Foods opera 12 plantas de abate e desossa e 11 centros de distribuição em 10 estados brasileiros, no Paraguai e Uruguai, com uma capacidade diária de abate de mais de 11.500 cabeças de gado e de desossa de 2.240 toneladas de carne bovina. Além disso, tem unidades operacionais na América do Sul e escritórios próprios na Rússia, Argélia, Arábia Saudita, Itália e Estados Unidos. O grupo já realizou vendas em 90 países.
Inaugurado na década de 1970, ainda com o nome de Frigodias, o frigorífico de Janaúbas foi adquirido pelo Kaiowa na década de 1980. A indústria encerrou as atividades em 1990, quando o Kaiowa decretou falência e desativou as unidades espalhadas pelo país. Em 2006, foi arrendado pelo Grupo Independência e voltou a funcionar, mas fechou posteriormente. O presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Osmani Barbosa Neto, afirma que a reativação do frigorífico, além da geração de emprego e renda, é um novo alento para os pecuaristas norte-mineiros, que, nos últimos anos, acumularam perdas de reses, que morreram de fome e sede, por conta da estiagem rigorosa. “Houve perdas, mas o rebanho da região está sendo recuperado. Com o retorno do funcionamento do Kaiowa haverá a redução de custo para os pecuaristas da região, que hoje são obrigados a vender para frigoríficos do Triangulo Mineiro ou de perto de Belo Horizonte.”
Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com
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