Três novas testemunhas são ouvidas sobre desaparecimento de garota em Rio Pardo de Minas

Emily Ferrari estava em frente à casa onde mora com a mãe, Tatiany Ferrari (foto), quando sumiu
Os depoimentos de três novas testemunhas podem ajudar a polícia a descobrir o paradeiro de Emily Ketlem Ferrari Campos, que desapareceu em Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas, no último dia 4. As oitivas estão sendo realizadas nesta segunda-feira (20) pelo delegado Luiz Carlos Freitas Nascimento.
Foi descartada a possibilidade de o corpo da garota, que completou 8 anos na sexta-feira (17), estivesse no rio Pardo, que corta a cidade. Nesse domingo, uma equipe do Corpo de Bombeiros de Janaúba, na mesma região, fez buscas por quase toda a extensão do curso d'água.
“Os cerca de seis quilômetros do rio foram percorridos e nenhum rastro da garota foi encontrado por lá”, afirmou o investigador Roney Vieira, que chefia a equipe da Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas de Belo Horizonte e que acompanha o trabalho em Rio Pardo de Minas.
As buscas no rio foram iniciadas entre 6h30 e 7 horas do domingo e finalizadas ao entardecer. Os quatro militares do Corpo de Bombeiros ainda estão na cidade nesta segunda-feira. Eles devem registrar os trabalhos executados no rio e, em seguida, serem dispensados para retornar à Janaúba. “Caso seja preciso entrar em alguma área de mata ou de difícil acesso eles podem ser acionados novamente”, explicou o investigador Ronei.
Embora haja a possibilidade de Emily estar viva, o delegado quis se cercar de que todas as hipóteses tivessem sido checadas e, por isso, as buscas foram realizadas no curso d'água, localizado a 300 metros da casa da mãe da criança.
Segundo um escrivão da delegacia de Rio Pardo de Minas, as testemunhas que estão sendo ouvidas nesta segunda são moradores da cidade. “São pessoas que de alguma forma têm detalhes sobre a garota e podem contribuir na localização dela”, afirmou.

Investigação

O inquérito possui mais de 300 páginas e pelo menos 35 pessoas prestaram esclarecimentos à polícia. Em entrevista anterior, o delegado Luiz Carlos Freitas Nascimento afirmou que “Todo mundo é suspeito até mesmo os pais, que são separados há três a quatro anos”. Emily teria recebido ameaças de pessoas próximas à família dela e essa pode ser uma das linhas de apuração para chegar até o paradeiro da criança.
O sigilo telefônico de suspeitos de terem desaparecido com Emily Ketlem Ferrari Campos  foi autorizado pela Justiça, nessa quinta-feira (16). O delegado Luiz Cláudio Freitas Nascimento, de Rio Pardo de Minas, no Norte de Minas, aguarda o envio da relação de ligações das operadoras de telefonia.
Foi descartada a possibilidade de que a criança das imagens de um posto de combustíveis e de um shopping de Montes Claros, na mesma região, fossem de Emily. “Tem muita gente que vê uma criança e acha parecida com a pessoa desaparecida, até por não ter o convívio, é comum essa confusão. Mas as imagens mostraram que não era a criança”, explicou o investigador que deve permanecer com a equipe neste fim de semana na cidade de Rio Pardo de Minas.

Desaparecida

 Emily Ketlem sumiu enquanto brincava na porta de casa, no último dia 4, por volta das 17 horas, na avenida Padre Eurácio Giraldi, no bairro Cidade Alta. Ela possui Transtorno de Déficit de Atenção (T.D.H.). Os pais são separados e, no dia do sumiço, o pai havia deixado a menina na casa da ex-mulher por volta das 15 horas. Em seguida, viajou para a cidade de Taiobeiras, conforme relatou em depoimento à polícia. Desde então a menina não foi mais vista. A vida de Tatiany Ferrari, mãe da criança, desde o sumiço de Emily tem se resumido a ficar em casa. “Eu evito sair porque todo mundo vem me dar uma palavra de conforto, mas eu fico mais triste ainda”, lamentou.

Tem informações?

A Polícia Civil pede para as pessoas que puderem ajudar nas investigações com informações sobre o paradeiro da criança entre em contato pelo telefone: 0800-2828-197. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.


Pablo de Melo
pablo-labs@hotmail.com

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