Uma execução fria e misteriosa abalou o Norte de Minas na noite desta segunda-feira (27). O corpo de Ian Rodrigues Antunes Caldeira, de apenas 28 anos, natural de Espinosa, foi encontrado crivado de balas em uma estrada vicinal próxima ao km 221 da MGC-122, em Capitão Enéas. A cena era de pura barbárie — o jovem foi atingido por seis disparos, sendo dois no rosto, dois na nuca, um no pescoço e um na orelha. Um verdadeiro crime de execução.
De acordo com informações da Polícia Militar, o corpo foi descoberto por um tratorista que trabalhava na zona rural. Ao perceber o homem caído na estrada, ele não se aproximou e imediatamente acionou as autoridades. Quando os militares chegaram ao local, a tragédia já estava consumada — Ian não apresentava sinais vitais.
A Perícia Técnica da Polícia Civil constatou a violência dos disparos e confirmou a execução. Inicialmente, a vítima não portava documentos, o que dificultou a identificação. Somente após cruzamento de informações sobre pessoas desaparecidas é que a polícia chegou ao nome de Ian. A confirmação veio por meio da família, que relatou que o rapaz havia saído de Espinosa na manhã do mesmo dia com destino a Mato Verde, e nunca mais foi visto com vida.
Mas o mistério ganhou novos contornos poucas horas depois. Uma denúncia anônima levou a polícia até o bairro Santo Antônio, em Montes Claros, onde um carro com manchas de sangue foi encontrado abandonado. O veículo, que pertencia à vítima, foi recolhido por um guincho e encaminhado para um pátio credenciado do Detran.
Imagens do sistema de monitoramento Olho Vivo mostraram o automóvel circulando por ruas de Montes Claros, mas com outro homem ao volante. As autoridades ainda tentam identificar quem seria essa pessoa e o que aconteceu nas horas entre a saída de Ian de Espinosa e o momento em que seu corpo foi deixado no meio da estrada.
Até agora, ninguém foi preso, e a motivação do crime permanece um enigma. A Polícia Civil segue investigando todas as linhas possíveis — desde acerto de contas até crime passional ou envolvimento com atividades ilícitas.
Enquanto isso, familiares e amigos de Ian vivem o luto e a indignação. O jovem, descrito como tranquilo e trabalhador, teve a vida interrompida de forma covarde e brutal. A cidade de Espinosa amanheceu em choque diante de mais um episódio de violência que escancara a insegurança nas estradas e nas zonas rurais do Norte de Minas.
A população clama por justiça — e as investigações agora correm contra o tempo para revelar quem matou Ian Rodrigues Antunes Caldeira e por quê.
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