A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (26/9), a segunda fase da operação Colina Palatina, em Espinosa, no Norte do estado. A ação teve como foco o combate a um grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas e a crimes violentos, como homicídios e tentativas de execução.
Foram cumpridos sete mandados judiciais de prisão e busca e apreensão. O saldo da operação resultou na prisão de dois homens apontados como integrantes da facção e na condução de uma mulher por favorecimento pessoal, após tentar ocultar um dos investigados.
Investigação aponta guerra entre facções
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Espinosa, apontam que a cidade se tornou palco de uma disputa acirrada entre grupos rivais pelo controle do tráfico de drogas. Essa rivalidade resultou em uma série de crimes violentos, entre eles o tiroteio ocorrido recentemente, que matou um inocente e deixou três pessoas feridas, incluindo o verdadeiro alvo dos criminosos, que sobreviveu.
Na primeira fase da operação, realizada na semana passada, a Polícia Civil havia prendido o executor dos disparos e recolhido provas que subsidiaram as novas diligências. Nesta segunda etapa, os mandados foram direcionados ao grupo rival, que, segundo a polícia, responde por grande parte do tráfico de drogas na região, além de delitos relacionados, como porte ilegal de armas, lesões corporais e roubos.
De acordo com o delegado Eujecio Coutrim, que coordena as investigações, dois dos presos nesta sexta já possuem um histórico criminal extenso.
• Um deles é apontado como líder da organização criminosa.
• O outro responde por homicídio, tráfico de drogas, agressão contra policial militar e é conhecido pela extrema violência contra rivais.
Ainda segundo o delegado, os dois grupos chegaram a atuar em parceria no passado, mas romperam a aliança em razão de disputas territoriais e de poder.
Como foi a operação
Para cumprir os mandados, a PCMG utilizou tecnologia avançada, como drones, monitoramento veicular e análise de dados, além do apoio aéreo para dar mais segurança às equipes em campo.
Durante as buscas, não foram encontrados objetos ilícitos nos endereços vistoriados. Contudo, além das prisões, a Polícia Civil representou junto à Justiça por medidas cautelares adicionais, incluindo o sequestro de bens e a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados, visando atingir o patrimônio do grupo criminoso.
A operação foi coordenada pela Delegacia de Polícia de Espinosa, com apoio da Delegacia Regional de Janaúba e do 11º Departamento de Montes Claros.
Investigações seguem em sigilo
A Polícia Civil informou que as apurações continuam sob sigilo para proteger testemunhas e garantir a elucidação completa dos crimes. O objetivo é desarticular completamente as duas facções envolvidas e devolver maior sensação de segurança à população de Espinosa e região.
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