Receita Estadual faz operação de combate à sonegação fiscal em Janaúba e Montes Claros
As investigações começaram há seis meses, após denúncias de que as empresas estavam vendendo colchões sem emitir notas fiscais. Além da sonegação fiscal, a irregularidade ainda configura concorrência desleal. Para omitir o registro de operações de compra e venda, eram utilizadas máquinas de débito e crédito de outras empresas que atuam em segmentos diferentes das investigadas.
“Infelizmente, esse tipo de esquema tem sido comum. Daí a importância de se exigir a nota fiscal e também conferir os dados da empresa impressos no documento, pois, quando compramos um produto na loja A, mas o comprovante da transação (recibo da máquina) é da loja B, isso é um forte indício de irregularidade. Se considerarmos que os valores sonegados deixam de ir para áreas importantes, como Saúde e Educação, ficar atento a essas questões é também um ato de cidadania”, afirmou o auditor fiscal Gilmar Barbosa, em release divulgado pela Receita federal.
As investigações apontam que uma das empresas investigadas declarou faturamento de R$ 6.900 em 2018, mas as despesas com aluguel e funcionários neste período somaram R$ 120 mil.
“Como se não bastasse sonegar impostos, os fraudadores também desrespeitavam o Código de Defesa do Consumidor ao não emitirem as notas fiscais dos colchões, lesando o direito do comprador, que era impedido de acionar a garantia do produto em caso de necessidade. Além da exigência do pagamento do ICMS devido, os envolvidos podem responder na Justiça por crime contra a ordem tributária”, finaliza a nota divulgada pela Receita.
A operação Sono dos Justos contou com a participação de 18 auditores fiscais e 10 policiais militares.
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