AMAMS vai à Sudene para impedir redução do Semi-Árido mineirov


O risco de redução do semi-árido mineiro de 85 para 35 municípios, levou o presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene – AMAMS e prefeito de Bonito de Minas, José Reis, a se reunir nessa sexta-feira de manhã com o superintendente geral da Sudene, Marcelo Neves e seu chefe de Gabinete, Rafael de Albuquerque Feitosa. A redução seria devido a estudos técnicos realizados em 2015, com base nos índices pluviométricos de 2005 a 2015. A AMAMS entende que existe alguma falha, pois desde o ano de 2007 o Norte de Minas está sendo castigado por contínuas estiagens, sendo que nos últimos seis anos, de forma mais intensiva.

Na reunião em Recife, José Reis mostrou que a saída de 50 municípios do semi-árido causará fortes impactos, com a perda de vários incentivos aos segmentos produtores, como maior rebate nos financiamentos agrícolas. O superintendente da Sudene explicou que solicitou ao Governo Federal a prorrogação da medida até 2021, enquanto faz novos estudos técnicos. O estudo realizado pelo Governo mostra que em várias regiões os índices pluviométricos foram superiores a 800 milímetros de chuvas e com isso, reduziu em 60% o déficit hídrico. Os dados realizados na área mineira da Sudene, com base nos diversos indicadores pluviométricos, contestam essa situação.

Ainda em Recife, o presidente da AMAMS, José Reis apresentou um estudo para que a criação do escritório da Sudene ocorra com base em decreto assinado pelo presidente Michel Temer, dando maior celeridade a esse pleito. Ele explica que o assunto foi debatido com os deputados Fábio Ramalho, através do seu assessor Júlio Oliveira; e Raquel Muniz, que estão elaborando uma minuta de projeto de lei. Com isso, segundo José Reis, a área mineira da Sudene permitiria atrair investidores interessados em aplicar nessa parte de Minas Gerais e ainda que os órgãos federais insiram verbas no orçamento.

Outro assunto discutido foi a criação de uma Região Integrada de Desenvolvimento na área mineira da Sudene, com prioridade no recebimento de recursos públicos destinados a investimentos que estejam de acordo com os interesses consensualizados entre os envolvidos. Esses recursos devem contemplar demandas por equipamentos e serviços públicos, fomentar arranjos produtivos locais, propiciar o ordenamento territorial e promover o desenvolvimento integrado.

A AMAMS propôs ainda a criação do Banco de Investidores, para a atração de empreendimentos inovadores, estimulo à indústria regional, apoio à geração de energia sustentável e criação de empregos, através de políticas próprias para a aplicação do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE). Nesse sentido, a AMAMS propôs novo modelo de parcerias, onde o FNDE entraria com 40%, o Fundo Constitucional do Nordeste com 40% e os parceiros privados, com 20%.



Ascom | AMAMS

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