Israelenses ajudarão flagelados da seca do Norte de Minas
No destaque, o secretário da Sedinor com os israelenses |
A reunião ocorreu no Palácio Tiradentes da Cidade Administrativa e contou com as presenças da presidente do IGAM, Maria de Fátima Chagas; da presidente da Copasa, Sinara Meireles; o assessor de Educação Ambiental e Relação Institucionais da Semad, André Luis Ruas, e o assessor de Relações Internacionais Hugo Salomão. Na reunião, os assuntos voltados para a escassez hídrica e a gestão das águas no semiárido mineiro ganharam destaque, uma vez que Israel é um país com pouca água e quantidade de chuva que chega a 0 mm por ano e com temperaturas em torno de 42 a 45°C.
O ministro israelense afirma que “70% de todo o Estado de Israel é deserto e em alguns locais, chove em torno de 18 a 20 milímetros por ano. Aprendemos a cultivar em solos precários. Nós realmente não temos escolhas. Temos tecnologias e técnicas para o cultivo em terra, já que não chove”, contou Itay. Ele ressaltou que o governo de Israel, em pesquisas iniciais, já percebeu que Minas Gerais tem um potencial enorme. “Uma coisa que notei é o gerenciamento de crise hídrica adotada pela Sedinor. Podemos, com toda certeza, discutir sobre nossas tecnologias. Tecnologias como estabilização e redistribuição da água e muitas outras. Algumas das tecnologias apresentadas são muito interessantes e com certeza temos muito que aprender com vocês. E não só apenas aprender, mas compartilhar o que sabemos também” destacou Tagner.
O secretário estadual Gustavo Xavier falou sobre a possibilidade de um termo de cooperação técnica para o compartilhamento de saberes e tecnologias. “Israel está muito avançado no combate à seca e na gestão de recursos hídricos, devido às condições de escassez de água. Da mesma forma que Minas Gerais está de portas abertas para fornecer as nossas tecnologias, também temos muito interesse de conhecer as formas com que Israel lida com a falta d’água”, salientou.
Ainda na reunião, a presidente da Copasa, Sinara Meireles, apresentou sobre a gestão e o controle do fornecimento de água tratada em Minas Gerais, o gerenciamento de concessões, além de detalhar sobre o funcionamento da Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Copanor), criada com o objetivo de atender aos municípios com menores IDHs e que mais sofrem com a escassez de água. Já a presidente do IGAM, Maria de Fátima Chagas, falou sobre a gestão das águas, que envolve as principais bacias hidrográficas do estado, pontuando os desafios para manutenção e preservação dos mananciais.
Para dar continuidade à troca de experiências, o ministro Itay Tagner propôs trazer a Minas Gerais, no mês de março, um especialista em controle e planejamento do uso da água. Nos meses de maio e junho, ele pretende enviar ao estado outro especialista da Companhia de Água de Israel, com experiência na área de desenvolvimento e resolução dos problemas. Ele também convidou representantes do Governo de Minas Gerais para participarem, no mês de setembro, do Congresso Internacional de Água, o Watec, que será realizado em Israel e vai discutir tecnologia da água e controle ambiental.
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