Mais de 2 toneladas de maconha são apreendidas após grave acidente na BR-251, em Fruta de Leite

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Uma ocorrência que inicialmente parecia apenas um grave acidente de trânsito terminou em uma das maiores apreensões de drogas do Norte de Minas Gerais. Mais de duas toneladas de maconha foram encontradas na carreta que se envolveu em uma colisão na BR-251, em Fruta de Leite, próximo a Salinas, no último sábado (18). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), após o encerramento da perícia e a retirada da carga, foram contabilizados 2.433 quilos de maconha. A informação foi confirmada oficialmente pelo órgão neste domingo (19). Acidente revelou o carregamento ilegal O acidente ocorreu no km 333 da BR-251 e envolveu duas carretas: uma que transportava frango congelado — e onde a droga estava escondida — e outra carregada com uvas. Segundo a PRF, o impacto frontal foi tão forte que rompeu o compartimento de carga da carreta que levava o entorpecente, espalhando caixas de frango e fardos de maconha por toda a pista. “No primeiro momento, parecia apenas um acidente grave com carga al...

MP deve entrar com Ação Civil contra Seguradora por fraude em DPVAT

(G1) O Ministério Público de Minas Gerais deve entrar ainda nesta semana com uma Ação Civil Pública (ACP) contra a Seguradora Líder, que administra o DPVAT. Já que órgão acredita que pessoas diretamente ligadas à empresa são coniventes com o pagamento indevido de indenizações. Segundo o MP e a Polícia Federal, as irregularidades causam um prejuízo de R$ 1 bilhão por ano aos cofres públicos.
Em abril, 40 pessoas, entre empresários, advogados, profissionais de saúde e policiais, foram presas durante a operação “Tempo de Despertar”, que investiga fraudes no DPVAT. Os mandados judiciais foram cumpridos em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.
“A investigação demonstra de forma clara que advogados contratados pela empresa fazem acordos quando o próprio juiz se negou a homologá-los, de forma que não resta dúvida do envolvimento direto de pessoas de dentro da seguradora líder nesta gigantesca organização criminosa”, ressalta o promotor Guilherme Roedel Fernandez. 
Para o promotor, “há uma completa ausência de fiscalização no pagamento das indenizações” e “há um interesse deliberado em fazer pagamentos indevidos”.
“A própria empresa que efetua os pagamentos das indenizações é remunerada com o pagamento destas indenizações, ou seja, quanto mais a empresa paga, mais dinheiro ela tem de lucro", fala.
Danilo Campos é um dos juízes que negou vários acordos judiciais para o recebimento do DPVAT após verificar indícios de irregularidades e notar o aumento de ações requerendo o benefício. Pelo menos 20% dos processos que tramitam no Judiciário na Comarca de Montes Claros (MG) tem relação com  o DPVAT.
“Não tive o mérito de descobrir algo que estava escondido, porque a fraude do DPVAT é notória, é monstruosa e está na cara de todo mundo. O meu mérito, se assim posso chamá-lo, porque não fiz mais que cumprir a minha obrigação, foi comunicar os fatos para que as demais autoridades tomassem providências. O que chama a atenção é o volume avassalador de processos, é evidente que isto é uma demanda criada artificialmente”.
O magistrado diz ainda ter notado uma padronização na confecção dos processos. A partir disto, ele convocou algumas pessoas para prestarem depoimento, constatando que quase 100% das ações judiciais são feitas de forma fraudulenta. O juiz também identificou, assim como o MP e a PF, que muitas das vítimas de acidente que receberam o seguro de forma administrativa, acionaram a Justiça para receber uma complementação por via judicial. Para Danilo Campos "esta é uma demanda forjada, criada por advogados para alimentar o mercado da advocacia".

Sobre o esquema
As investigações demonstraram que o grupo criminoso agia de várias formas. As supostas vítimas eram abordadas em casa e dentro de hospitais. Os integrantes do esquema criminoso, tinham segundo o MP e a PF, acesso a informações privilegiadas, de funcionários de unidades de saúde, por exemplo, além de contar com o acesso ao sistema das Polícia Civil e Militar, de uso restrito. A partir disto, os dados delas eram usados para a confecção de boletins de ocorrência e laudos médicos ideologicamente falsos.
As investigações demonstram que entre os que receberam as indenizações, há pessoas que foram vítimas de agressões dos companheiros, que se machucaram jogando bola e andando a cavalo. Mas também há casos nos quais as vítimas tinham os nomes usados e eram indenizados, sem que tivessem conhecimento. Em um deles, um analfabeto, que afirma usar somente a impressão digital como identificação, assinou o nome completo em um documento utilizado para dar entrada no DPVAT.

O que diz a Líder
Por e-mail, a assessoria de imprensa da Líder disse que, desde 2012, denunciou 115 casos com indícios de fraudes para a Polícia Civil na comarca de Montes Claros.
“Somente em 2014, foram comprovadas pela Seguradora 7.076 tentativas de fraude contra o Seguro DPVAT e, nesse mesmo período, foram oferecidas 4.102 novas representações criminais”.
A Líder diz ainda que fica evidente a contradição da acusação, uma vez que a seguradora combate as fraudes em todo país.
“Repudiamos as declarações do delegado federal e do promotor de justiça local que, em entrevistas à imprensa, cometeram a imprudência de apontar, sem provas e sequer indícios, a Seguradora Líder-DPVAT como envolvida no esquema fraudulento.”
A seguradora também esclareceu que os envolvidos não integram os quadros da empresa e aciona as autoridades ao suspeitar de fraudes.

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