Com diárias, até espada-ninja
(Por ISABELLA LACERDA /TÂMARA TEIXEIRA) Os vultosos gastos de prefeitos e vereadores de Minas Gerais em diárias de viagens acendeu o alerta do Ministério Público de Minas (MPMG), que passou a apurar a existência de irregularidades nesses tipos de despesas. Um exemplo curioso aconteceu em Coração de Jesus, no Norte de Minas, cidade em que o prefeito Pedro Magalhães Araújo Neto (PSC) é investigado por gastar, entre 2013 e 2014, R$ 10 mil por mês com diárias. Entre as notas apresentadas para justificar os gastos tem até compra de “espadas ninja”.
O MPMG já apresentou ação em que acusa Neto de improbidade administrativa. Em 14 meses, o prefeito gastou R$ 160 mil. Além da espada, nas notas fiscais apresentadas por ele ao órgão, estão bebidas alcoólicas como vodka e pinga, cigarros, doações para igrejas, entre outras despesas, todas pagas com o dinheiro público.
Segundo o promotor Daniel Castro e Melo, o pagamento de diárias no município foi autorizado pelo próprio prefeito em decreto. Nele, os valores autorizados superam os recebidos por deputados e senadores. “As justificativas apresentadas para as viagens eram vagas, como visita a capital mineira para tratar de assuntos do município. Em uma das notas apresentadas, o prefeito pagou sozinho R$ 100 de café da manhã. É um absurdo. Tratase de uma cidade pobre, cheia de demandas mínimas para a população”, afirma o promotor.
Além de Coração de Jesus, somente no Norte de Minas, outras nove cidades estão na mira da promotoria por gastos exorbitantes em diárias. Em Janaúba, os vereadores embolsaram o dinheiro sem justificar o motivo dos deslocamentos.
Em outras regiões, o uso exagerado das verbas com viagens também é uma realidade. Em Ipatinga, no Vale do Aço, a Câmara pagou, só em 2014, R$ 502 mil com as viagens de parlamentares e servidores. Segundo o portal da Transparência da Casa, algumas delas ocorreram inclusive nos feriados de Natal e Ano Novo e em períodos em que os vereadores estavam de recesso.
Em dezembro passado, por exemplo, quatro vereadores foram para Fortaleza no dia 25 e só retornaram no dia 31. Além de receberem cada um R$ 4.967,55 de diárias, eles ainda embolsaram R$ 972,43 referentes às passagens.
Adelson Fernando (PSB) diz ter feito um curso durante o período. “Participei de um congresso nacional de vereadores. Foram cinco dias. E foi a única viagem que eu fiz. Não há irregularidades”, disse. Os outros parlamentares foram procurados, mas não retornaram as ligações.
O MPMG já apresentou ação em que acusa Neto de improbidade administrativa. Em 14 meses, o prefeito gastou R$ 160 mil. Além da espada, nas notas fiscais apresentadas por ele ao órgão, estão bebidas alcoólicas como vodka e pinga, cigarros, doações para igrejas, entre outras despesas, todas pagas com o dinheiro público.
Segundo o promotor Daniel Castro e Melo, o pagamento de diárias no município foi autorizado pelo próprio prefeito em decreto. Nele, os valores autorizados superam os recebidos por deputados e senadores. “As justificativas apresentadas para as viagens eram vagas, como visita a capital mineira para tratar de assuntos do município. Em uma das notas apresentadas, o prefeito pagou sozinho R$ 100 de café da manhã. É um absurdo. Tratase de uma cidade pobre, cheia de demandas mínimas para a população”, afirma o promotor.
Além de Coração de Jesus, somente no Norte de Minas, outras nove cidades estão na mira da promotoria por gastos exorbitantes em diárias. Em Janaúba, os vereadores embolsaram o dinheiro sem justificar o motivo dos deslocamentos.
Em outras regiões, o uso exagerado das verbas com viagens também é uma realidade. Em Ipatinga, no Vale do Aço, a Câmara pagou, só em 2014, R$ 502 mil com as viagens de parlamentares e servidores. Segundo o portal da Transparência da Casa, algumas delas ocorreram inclusive nos feriados de Natal e Ano Novo e em períodos em que os vereadores estavam de recesso.
Em dezembro passado, por exemplo, quatro vereadores foram para Fortaleza no dia 25 e só retornaram no dia 31. Além de receberem cada um R$ 4.967,55 de diárias, eles ainda embolsaram R$ 972,43 referentes às passagens.
Adelson Fernando (PSB) diz ter feito um curso durante o período. “Participei de um congresso nacional de vereadores. Foram cinco dias. E foi a única viagem que eu fiz. Não há irregularidades”, disse. Os outros parlamentares foram procurados, mas não retornaram as ligações.
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