Ex-prefeito de Januária é flagrado descumprindo prisão domiciliar

(O Tempo) A Polícia Federal e o Ministério Público de Minas Gerais entraram com uma representação na Justiça de Januária, pedindo nova prisão preventiva de Maurílio Arruda, ex-prefeito da cidade, por descumprimento de prisão domiciliar.
Arruda teve a prisão preventiva decretada em junho deste ano depois de ser detido durante a Operação Exterminadores do Futuro, e desde agosto estava em prisão domiciliar. De acordo com o delegado da Polícia Federal Marcelo Freitas, responsável pelo caso, ele é suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos destinados a construção e reforma de escolas municipais em Januária.
Segundo Freitas, uma denúncia anônima levou os agentes da Polícia Federal a iniciar o monitoramento da casa de Arruda, em Montes Claros, também no Norte de Minas. Segundo o denunciante, o ex-prefeito estaria saindo do imóvel com frequência e até viajando para fazer campanha política, já que concorre ao cargo de deputado estadual nas eleições deste ano.
A residência foi monitorada durante três dias no início de setembro e a polícia constatou o descumprimento do regime de prisão domiciliar, comprovado por meio de fotos que foram anexadas a um documento da Polícia Federal entregue à Justiça.

Prisão domiciliar
Segundo Marcelo Freitas, depois de ter pedidos de habeas corpus negados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e pelo Superior Tribunal de Justiça, Arruda, que é advogado, recorreu ao Supremo Tribunal Federal. O órgão concedeu liminar convertendo a prisão preventiva do suspeito em prisão domiciliar, sob a justificativa de que, por ser advogado, não poderia ficar detido em uma cela comum.
Assim, em agosto deste ano, depois de cumprir menos de dois meses da prisão preventiva, o ex-prefeito deixou a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana, e passou cumprir prisão domiciliar em Montes Claros.

Pedido
Caso a Justiça acate o pedido feito na representação, Arruda será novamente conduzido a um presídio. A reportagem de O TEMPO tentou contato no telefone do ex-prefeito que consta no cadastro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no entanto, as ligações não foram atendidas.

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