Pesquisa prevê 2,8 mil novos casos de câncer no Norte de Minas Gerais
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Paciente recebe medicação em Centro de Oncologia de Montes Claros (Foto: Ana Carolina Caldeira/G1) |
“Uma grande porcentagem dos casos podem ser prevenidos se diagnosticados com antecedência. Existem ações preventivas para os diversos tipos de câncer, como campanhas de combate ao tabagismo, álcool e melhoria da qualidade de vida”, diz a epidemiologista Catarina Velosos.
A cidade de Montes Claros é referência para toda a região do Norte de Minas no tratamento da doença. A médica explica que o município atende 96% dos casos de toda a região e que existem dois centros para tratamento na cidade, o hospital Dilson Godinho e a Santa Casa.
“A prevalência da doença na região é altíssima, o mais comum nas mulheres é o de mama e útero e nos homens o de pulmão e próstata. Mas o que chama atenção na região é o câncer no esôfago, isso pode se explicar pelo acesso a bebidas alcoólicas e cigarro”, conta a oncologista Priscilla Bernardina Miranda.
A médica alerta também sobre a importância da prevenção. “O diagnostico precoce é igual à cura. O câncer não é uma sentença de morte, para isso a pessoa precisa abandonar os vícios, ter uma boa alimentação e praticar atividades físicas”, diz.
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Imagem computadorizada da total precisão para o local que receberá a radioterapia (Foto: Ana Carolina Caldeira/G1) |
Quanto aos tratamentos, a cidade conta com aparelhos de alta tecnologia, que auxiliam no tratamento para a eliminação do tumor.
Em uma clínica de radioterapia na cidade, o sistema informatizado possibilita a detecção do local exato do tumor, impedindo assim que a radiação não atinja outros órgãos.
“A tecnologia me permite pincelar o local exato onde está o tumor, ela é um grande auxílio no tratamento. Dessa forma não atinge outros órgão próximos, que podem ser afetados pela radiação e que podem gerar grandes consequências”, explica a radioterapeuta Lucianne Costa Lima.
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Marcos Rodrigues mostra fotos do centro de apoio a pacientes com câcer (Foto: Ana Carolina Caldeira/G1) |
Exemplo de força e luta na contra o câncer é o aposentado Marcos Rodrigues, de 60 anos. Ele conta quem em 2008 foi diagnosticado com um câncer de pele na região genital.
“Tudo começou a partir de uma verruga que nasceu no local. Como meus outros quatro irmãos morreram em decorrência do câncer, eu preocupei logo um médico, quando fui diagnosticado com o tumor”, conta.
Na época Marcos passou por 36 sessões de radioterapia e tomava morfina, fármaco utilizado para neutralizar a dor, de quatro em quatro horas. Ele afirma que procurar o médico precocemente foi o que salvou a sua vida.
“Descobrir precocemente foi de extrema importância, eu quase morri, mas hoje estou feliz da vida. Não tem porque ter a doença e ter medo de procurar um médico, não adianta querer se esconder”, diz o aposentado.
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Paciente faz tratamento de radioterapia em clinica de Montes Claros (Foto: Ana Carolina Caldeira/G1) |
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