Sedinor quer potencializar cafeicultura no Norte de Minas

(SEDINOR) A microrregião do Alto Rio Pardo, no Norte de Minas, tem atraído investidores interessados em produzir café de qualidade e em grande quantidade. Com uma área plantada que já aproxima dos 5 mil hectares, o município de Ninheira e seu entorno já podem ser considerados a nova fronteira da produção de café no Brasil. Segundo produtores da região, é possível ampliar essa área para 15 mil hectares, mas, para isso, eles precisam contar com o apoio do Estado para suprir as demandas de água e energia suficientes para a produção. A estimativa é que, com todos os investimentos necessários, a atividade gere cerca de 45 mil novos empregos na região.
Na manhã dessa quinta-feira (28/5), o secretário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais, Paulo Guedes, recebeu empresários interessados em produzir café no Alto Rio pardo. Paulo Zacaner, Manoel Hernandes e Luiz Monguilod, da empresa Zacaner Hernandes, afirmaram estar dispostos a potencializar a cafeicultura na região, mas precisam desse apoio em infraestrutura para viabilizar os investimentos.
O secretário Paulo Guedes afirmou que, em breve, o Governo Federal vai retomar as obras da Barragem de Berizal, que poderá impulsionar a agricultura na região. Prevista para acumular 339 milhões de m3, a barragem vai perenizar o Rio Pardo e abastecer a população dos municípios de Taiobeiras, Berizal, Indaiabira, Ninheira, São João do Paraíso e Rio Pardo de Minas, além de permitir a irrigação de cerca de 10 mil hectares de terra.
Paulo Guedes também se comprometeu a discutir com a Cemig medidas para garantir a ampliação das redes de transmissão de energia. “A Sedinor tem como uma de suas missões incentivar e potencializar o desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais e, para isso, vamos tentar viabilizar todas as parcerias possíveis”, disse.

Produção acima da média nacional
No mês de março, o secretário esteve no município de Ninheira, quando conversou com produtores de café e visitou algumas propriedades. “O Norte de Minas tem um grande potencial para a cafeicultura. Em Ninheira, a produção chega a 75 sacas, por hectare, enquanto que a média nacional é de 28 sacas. É preciso buscar meios de fomentar esse setor na região”, declarou.
A qualidade do café produzido no Alto Rio Pardo também tem surpreendido os exportadores do produto. Segundo o empresário Ricardo Tavares, “a qualidade se equipara aos melhores cafés do Cerrado, que são considerados os melhores do Brasil”.
Outro fator que chama a atenção nas lavoras de café de Ninheira é o plantio consorciado com mudas de mogno africano, que produz o chamado café sombreado. A diferença é o amadurecimento prolongado, sem tomar sol diretamente, o que faz com que o grão ganhe qualidade superior e gosto mais adocicado. Além disso, após 15 anos, já é possível cortar a madeira do mogno que estará no ponto de venda para o mercado.

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