Polícia Civil indicia vereador de Brasília de Minas por falsificação de documento particular e selo público
Ainda de acordo com a Polícia Civil, um dos filhos do dono do automóvel esteve na delegacia para saber o trâmite para a liberação, uma vez que o pai já é falecido. Em seguida, teria pedido a ajuda a Estevão Domingos de Jesus.
As investigações apontam que eles conversaram com o servidor que cuida do Setor de Trânsito e receberam a informação de que a retirada poderia ser feita de duas formas; pelo proprietário ou por terceiros, desde que houvesse uma procuração. Na ocasião, eles teriam dito ao servidor que o dono estava internado em um hospital em Montes Claros (MG).
Pouco tempo depois, uma procuração dando direitos ao vereador para a liberação do carro foi entregue na delegacia. A Polícia Civil explicou que a fraude foi identificada durante o processo de restituição do automóvel.
O que diz o vereador
Estevão Domingos de Jesus disse ao G1 que foi procurado por familiares do dono do carro e agiu com o intuito de ajudar na retirada. Afirmou ainda que não tinha conhecimento de que o documento tinha sido emitido com informações falsas e com um selo que não era verdadeiro.
“Vejo que tudo isso é fruto de informações distorcidas, que tentam abalar a minha imagem e credibilidade”, argumentou.
Indiciamento em outros crimes
A Polícia Civil destacou que o parlamentar ainda tem dois indiciamentos anteriores, por receptação e estelionato.
em 2017, os policiais encontraram um trator, furtado João Pinheiro, na fazenda dele. E na outra situação, ele teria feito a venda de um carro sem mencionar que ainda restavam mais de 15 prestações a serem quitadas. A compradora descobriu o débito ao ser parada em uma blitz.
Sobre os dois indiciamentos, Estevão esclarece que comprou o trator sem ter conhecimento de que se tratava de um veículo furtado.
“Uma pessoa de Montes Claros me ofereceu, como precisava, comprei. Não paguei valor abaixo do mercado e tratores também não têm documentação como a dos carros, que dá maior facilidade para checar a origem. A polícia veio até minha fazenda e deixei o veículo à disposição da Justiça. Sobre o outro caso, de estelionato, essa situação não existiu. Já comprei e vendi veículos, mas não fiz nada que pudesse prejudicar alguém”, finaliza.
Comentários
Postar um comentário