PSL do Norte de Minas ficou com pouca ajuda do partido


(Por Girleno Alencar) A operação “Sufrágio Ostentação”, realizada pela Polícia Federal no Diretório do Partido Social Liberal, em Minas Gerais, para averiguar as suspeitas de irregularidades nas últimas eleições, em 2018, com a aplicação dos recursos do Fundo Partidário, demonstra o quanto o Norte de Minas foi rejeitado pela direção do partido. O deputado federal Marcelo Freitas alega que o único investimento recebido do partido foi R$ 1.401,00 de propaganda para ele, o candidato a Presidente, Jair Bolsonaro e a senador, Diniz Pinheiro. O general Márcio Lucio Araújo, que foi candidato a deputado federal, afirma que não recebeu um centavo.

Apelidada de Operação Sufrágio Ostentação, a ação da Policia Federal é um desdobramento do inquérito instaurado pela Justiça de Minas Gerais, em fevereiro deste ano, para apurar a suspeita de que o partido teria usado parte do dinheiro público recebido do Fundo Especial de Financiamento de Campanha em supostas candidaturas-laranjas. A Justiça suspeita de fraude na prestação de contas, na qual o partido alega ter repassado parte dos recursos para quatro candidatas aos cargos de deputada estadual ou federal. Para a Polícia Federal, essas prestações não refletem a verdade sobre o gasto dos recursos. Na época das eleições de 2018, o diretório estadual era presidido pelo atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que não é alvo da operação e já negou, em várias ocasiões, que o PSL tenha utilizado candidaturas-laranjas.

Em nota, o ministro reitera que o partido seguiu rigorosamente o que determina a legislação eleitoral. Ele afirma que segue à disposição da PF para prestar todas as informações necessárias, já tendo se colocado à disposição das autoridades. Antônio afirma confiar no trabalho de apuração “isento, sério e justo”. “O que vem me atingindo há cerca de 3 meses é resultado de uma disputa política local, cujos interesses são prejudicados com minha presença no Ministério do Turismo”, afirma o ministro, na nota, acrescentando que já entregou ao Ministério Público de Minas Gerais documentos que, segundo o ministro, revelam as “verdadeiras motivações das supostas denúncias”. “Sigo confiante de que a verdade prevalecerá.”

Sete mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte foram cumpridos na segunda-feira (29), em cinco cidades mineiras: dois em Belo Horizonte; dois em Contagem; um em Coronel Fabriciano; um em Ipatinga e um em Lagoa Santa. Além de documentos pessoais e do partido apreendidos em endereços ligados aos alvos da investigação, cujos nomes não foram divulgados, os policiais federais também apreenderam documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais.

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