Em Janaúba, pais reclamam de superlotação em transporte escolar municipal
"Tenho um sobrinho de dois anos que precisa do transporte. Ele é um dos primeiros a entrar, por isso vai sentado, mas tem muitas outras crianças que vão em pé. É um percurso muito grande e muitos estudantes passam mal na viagem", diz a tia de um aluno que não quis se identificar.
O ônibus passa pelos bairros Jacarezinho, Monte Alto I e II, Lagoa Grande e Pajeú; um percurso de mais de uma hora até que todas as crianças cheguem ao destino. "Para ir para a creche, às 6h, vão apenas as crianças de dois a cinco anos, mas na volta, às 17h, crianças acima de seis anos também são transportadas", afirma Irisleia Silva, que tem um filho de dois anos e um sobrinho de oito que utilizam o ônibus diariamente.
Este é o primeiro ano que o filho de Irisleia Silva vai para a escola, mas ela afirma que a expectativa de ver o filho frequentar as aulas se torna um tormento, devido à preocupação com o trajeto dentro do ônibus. "As aulas começaram agora, há uma semana, mas a experiência não está sendo a melhor, não está sendo legal. Fico com o coração na mão".
O serviço de transporte fornecido pela prefeitura é acompanhado por uma monitora. "Nós não temos reclamações sobre o serviço do motorista e da monitora, mas a prefeitura podia colocar pelo menos mais um ônibus para ajudar neste trajeto. Tem crianças do Bairro Pajeú que chegam em casa por volta de 19h", afirma Selma Santos.
A Secretaria Municipal de Educação de Janaúba enviou uma nota nesta sexta-feira (15) alegando que a superlotação relatada na denúncia é um problema que ocorre todo início de ano letivo.
"O cadastro escolar feito no ano passado muitas vezes não reflete a realidade das matrículas. Como as aulas começaram no dia 07 de março e os alunos voltaram efetivamente essa semana, muitos pais deixaram para matricular somente agora. Tal situação elevou o número de alunos dependentes do transporte. Diante desta situação, a Secretaria Municipal de Educação já está apurando o número de alunos para posteriormente fazer as adequações nas rotas que necessitarem, seja na redistribuição ou licitando nova rota", diz a nota.
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