Prefeito Amâncio Oliva representa Varzelândia em solenidade estadual que transforma Matias Cardoso na capital simbólica de Minas Gerais

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A Prefeitura de Varzelândia, por meio da Administração Do Povo Para o Povo, marcou presença em mais um importante evento regional. Nesta segunda-feira, 8 de dezembro, o prefeito Amâncio Oliva participou da solenidade de entrega da Medalha dos Gerais – Maria da Cruz e Matias Cardoso, realizada em Matias Cardoso, município que, nesta data, assume simbolicamente o posto de capital de Minas Gerais. A tradição, instituída por emenda à Constituição Estadual, celebra as raízes históricas do Norte de Minas e homenageia figuras marcantes na formação da identidade sertaneja. O evento é reconhecido como um dos momentos mais relevantes do calendário político e cultural da região. Lideranças estaduais e regionais marcaram presença A cerimônia reuniu importantes lideranças políticas e institucionais, reforçando o peso simbólico e histórico do evento. Entre as autoridades presentes estavam: • Mateus Simões, vice-governador de Minas Gerais; • Marcelo Aro, secretário de Estado; • Paulo Guedes, deput...

Manguense relata experiência de vida nos Estados Unidos


(Por Girleno Alencar) A manguense Alline Parreira, 27 anos, estará dando palestra no próximo dia 15, na Cuny University, nos Estados Unidos, quando relatará a sua vida. Nascida no sertão mineiro, no município de Manga, ela foi adotada ilegalmente na barriga de sua mãe biológica, por uma mulher intersexual, e, depois, adotada novamente, aos três meses de idade, por uma mulher branca, idosa. Alline seguiu pobre, negra, lutando contra racismo e preconceito na construção de seu gênero e da sua aceitação identitária, como mulher negra, sem referência racial em sua família adotiva.

Ela tem muita história para contar, e, no próximo dia 15, narrará sua trajetória em primeira pessoa em uma palestra documental inovadora, mesclando poesia, oralidade e projeções de sua trajetória de Manga à Nova Iorque, com mediação do doutor Eduardo Vianna.

Uma mulher negra brasileira palestrando em uma grande universidade estadunidense já é surpreendente, mas o caso de Alline é ainda mais: ela é autodidata, mas não possui curso superior, é ativista social, mas se sustenta fazendo faxinas em casas nova-iorquinas, aonde vive há dois anos. “Para nós, mulheres negras, não foi permitido narrar nossas histórias em primeira pessoa, eu quebro esse paradigma, eu que conto minha história, para mim é muito importante”, aponta.

“A vida foi a minha universidade, eu, sem curso superior, sem nada, eu adquiri todas essas informações, aprendo e pesquiso muito. Minha construção identitária é baseada no que aprendi lendo os autores acadêmicos Ângela Davis e Frantz Fanon”, relembra.

“Com Ângela Davis, em ‘Mulheres, Raça e Classe’, eu identifiquei que em todo este processo da construção de minha identidade, gênero, raça e classe sempre caminharam juntos, sou mulher negra e pobre. Com Frantz Fanon, no livro ‘Peles Negras Máscaras Brancas’, de uma forma muito radical, eu me descolonizei, modifiquei totalmente o meu ser, eu me libertei”, conta Alline.

“Não podemos dicotomizar os dois tipos de conhecimento”, aponta Eduardo Vianna. “O conhecimento conceitual, teórico tem que estar a serviço da pratica, mas a prática precisa ser analisada, o que requer conceitos”, defende o mediador.

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